A perda de arrecadação com a queda do Santos para a Série B do Campeonato Brasileiro tem feito o presidente eleito Marcelo Teixeira pensar em formas para conseguir equacionar as finanças e montar um time competitivo para a próxima temporada.
Durante a campanha eleitoral e após o término do pleito, o futuro mandatário santista disse ver, por exemplo, a criação da nova liga brasileira como um dos caminhos para conseguir novos recursos. Teixeira já abriu conversas com a Libra neste sentido.
Porém, o presidente eleito do Peixe também vislumbra o crescimento da arrecadação com direitos de transmissão ainda na Série B do Brasileirão. Para isso, ele aposta na força da marca do Santos dentro da competição.
– A liga com a qual estamos conversando é a Libra, que nós temos esse início de conversações. Agora faremos essas tratativas de uma maneira diferente, com o pensamento da nossa gestão. Já manifestamos isso porque, independentemente de o Santos disputar Campeonato Paulista, Série A, Série B, o Santos tem uma marca, uma história, uma tradição. Essa marca é valorosa. O Santos jogará a Série B. Não está acostumado, mas é uma realidade. Será a vitrine, audiência máxima da dos veículos de comunicação. Não comparando com todos os demais clubes que já passaram por esse momento, mas nós somos o Santos – disse.
– O Santos tem um valor, tem exatamente a possibilidade de estar reivindicando e se posicionando com critérios para que, independente de valores que estão sendo hoje estudados, o Santos fará prevalecer, dentro da justiça e do seu direito, os valores compatíveis mesmo atuando (na Série B). São várias ações que devem ser feitas, não única e exclusivamente pensando só na questão do contrato com a nova liga. Nós temos várias outras ações e alternativas para que você busque no mercado os investidores necessários pra que esses recursos sejam revertidos no sucesso dos projetos – completou.
Teixeira também busca antecipar situações em relação à nova Vila Belmiro. Segundo o mandatário, o Peixe quer o contrato definitivo para registrar o projeto na prefeitura municipal e ter, finalmente, o início das obras. E, enquanto a casa do Peixe estiver em obras, o Pacaembu deverá receber o clube.
– Enquanto o Santos não atuar na Vila, nós vamos utilizar no Pacaembu. Tínhamos o contrato de intenções assinado. Agora, faremos um contrato definitivo e pretendemos, até a reinauguração, jogar algumas partidas como teste. Com departamento de futebol feminino, com a equipe de base. Porque nós não teremos a capacidade ainda pro Pacaembu. A equipe profissional atuará no Pacaembu quando nós tivermos toda obra concluída.
– Essa obra concluída está prevista para o final de abril, dia 27, que seria a data de reinauguração. Caso essa data seja confirmada, existe um contrato de intenções onde o Santos manifesta, junto com o consórcio responsável pelo Pacaembu, a reinauguração de uma partida oficial com Santos Futebol Clube.
Confira outros temas abordados por Marcelo Teixeira durante a entrevista:
Técnico:
– A prioridade é o contato do Gallo, que já foi feita, com o Marcelo Fernandes. Nós vamos esgotar. Eu respeito muito o Marcelo, confio no trabalho do Marcelo, que já foi provado. Com elementos, com condições de você dar um plantel melhor, o resultado será melhor. Mas, de qualquer maneira, não descartamos também (a mudança). Isso dependerá da comissão que está fazendo esses contratos ao avaliar, dará um parecer pra isso. Quando der o parecer, aí sim nós vamos definir a permanência ou não do Marcelo.
Folha salarial:
– Nós temos um teto que já foi colocado ao próprio Gallo. Não vou manifestar ainda esse teto porque, por exemplo, já tivemos clubes como Grêmio, que disputou a Série B com um orçamento de R$ 10 milhões. Tivemos outros clubes com orçamentos bem aquém, de R$ 3 milhões, R$ 4 milhões. Eu acho que a alternativa é você ter um time forte, competitivo. Nós fomos campeões brasileiros em 2002 com a folha salarial das mais baixas, às vezes, comparadas até ao que os clubes pagavam em divisões de base. O mais importante é equacionar a quantidade do elenco, que está muito alta. Adequando isso, você manter os bons jogadores e fazer a reposição, pra você ter um número de atletas compatíveis com o DNA do Santos. O Santos tem um DNA ofensivo. O time tem que ter a sua característica preservada. E nós queremos, acima de tudo, manter uma equipe em condições cujo objetivo principal da temporada de 2024 será a vaga e o retorno e a elite do futebol brasileiro.
Pré-temporada em Dubai:
– Há uma proposta para o Santos fazer essa temporada em Dubai. Vai depender, agora, de outras posições que nós orientamos ao Gallo, para que ele pudesse fazer, junto com os departamentos do clube, que possam continuar a negociar essas questões. A própria equipe de transição estará atuando pra que a gente consiga, nessas negociações, atender as reivindicações que o Santos esteja fazendo. Caso elas sejam atendidas, oficializadas, há uma grande chance do Santos fazer essa pré-temporada. Eu acho que importantíssimo dentro do meu projeto de internacionalização da marca. Eu acredito que seja uma boa iniciativa. Primeiro, para preparar o time. Porque o clima e a estrutura estão adequadas. E, num segundo momento, pra você elevar ainda mais a marca do Santos.
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