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ESPORTE Quinta-feira, 23 de Novembro de 2017, 09:31 - A | A

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COPA 2022

Qatar se defende de fraude na escolha da Copa: 'Não há provas'

País está envolvido em acusações para escolha da sede do Mundial de 2022

r7.com

Reprodução

Hassan

 

Qatar insistiu que "não há evidências" de que subornos foram pagos na escolha do país como sede da Copa do Mundo de 2020. A defesa partiu do comitê organizador local após o principal delator do esquema de corrupção no alto escalão do futebol, garantir que os três dirigentes réus nos Estados Unidos receberam milhões de dólares em troca de apoio da candidatura do país. 

 

"Trata-se de uma delação sem provas", disse o secretário-geral do comitê organizador do Mundial, Hassan al Thawadi, ao jornal The Gulf Times. "A investigação não tem nada a ver com a Copa do Mundo, não somos parte disso".

 

Em depoimento prestado na semana passada, Alejandro Burzaco, ex-diretor da empresa de marketing Torneos y Competencias, acusou o ex-presidente da CBF José Maria Marin, Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação do Peru, de supostamente embolsarem US$ 1 milhão cada para votar no Qatar como sede da Copa de 2022.

 

O país foi escolhido para sediar o Mundial em uma votação controversa realizada em dezembro de 2010 em que a Rússia foi escolhida para organizar a edição de 2018. Nem um dos dois países eram favoritos e, a partir disso, acusações de corrupção surgiram. 

 

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, disse que se não fosse pela votação da Copa no Qatar, o mundo do futebol não estaria no "caos" que se encontra hoje nas cortes de Nova York, nos Estados Unidos.

 

Relatório Garcia

As afirmações de Burzaco reafirmam as investigações apresentadas no 'Relatório Garcia'. O documento responsável por expor a corrupção maciça no alto escalão do futebol mundial foi elaborado pelo norte-americano Michael Garcia, ex-membro do FBI e investigador do caso para a Fifa.

 

O manuscrito de 360 páginas expôs, entre outras coisas, detalhes sobre as suspeitas envolvendo Ricardo Teixeira, que teria usado contratos comerciais para ocultar o pagamento de propina que ele teria recebido ao apoiar a candidatura do Qatar para sediar a Copa do Mundo de 2022. Além dele, seus sucessores no comando da CBF, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, também estariam envolvidos.

 

Garcia foi contratado pela Fifa para apurar as suspeitas de ilegalidade, porém seu informe permaneceu por anos engavetado pela entidade o que fez com que o norte-americano pedisse demissão em 2014. Apenas em julho deste ano, depois de ter sido vazado pelo jornal alemão Bild, a Fifa divulgou integralmente o temido Relatório Garcia.

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