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ESPORTE Quarta-feira, 25 de Novembro de 2020, 10:17 - A | A

Quarta-feira, 25 de Novembro de 2020, 10h:17 - A | A

BOXE

Rapper, 'russo' e figurante em 'Matrix': conheça o rival de Tyson

Desafiante de Iron Mike, boxeador americano tem uma personalidade excêntrica e está longe de ser um mero coadjuvante da esperada luta deste sábado

Globo Esporte

A volta de Mike Tyson aos ringues é um dos assuntos mais comentados do ano no mundo dos esportes, e quanto a isso não há discussão. Mas, do outro lado do córner da luta que será realizada neste sábado, em Carson (condado de Los Angeles, EUA), o desafiante está longe de ser um coadjuvante qualquer. Roy Jones Jr., de 51 anos, é um dos maiores boxeadores de todos os tempos e uma figura pra lá de excêntrica.

O Combate vai transmitir ao vivo no dia 28 de novembro a volta de Mike Tyson aos ringues, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Os assinantes do canal vão acompanhar a luta contra o americano Roy Jones Jr., que terá oito rounds. A transmissão do evento de Los Angeles, que tem outras seis lutas previstas, começa às 21h30. A TV Globo também vai exibir a luta na madrugada de sábado para domingo após o Supercine.

Campeão mundial em quatro categorias diferentes, Jones Jr. também é rapper, fez filmes, protagonizou uma das finais mais escandalosas das Olimpíadas e aceitou voltar ao boxe - de onde estava afastado desde 2018.

Jones Jr. também é rapper, fez filmes, protagonizou uma das finais mais escandalosas das Olimpíadas e aceitou voltar ao boxe

Super-vilão ou super-herói?

O boxeador de 51 anos detém um cartel poderoso, com apenas nove derrotas em 75 lutas. Das 66 vitórias, 47 (ou 71,2%) foram por nocaute. O retrospecto incrível lhe rendeu o apelido de Super-Homem durante seu auge nos ringues. Curiosamente, outra qualidade dele lhe rendeu uma alcunha associada com um vilão: dada a potência de seu uppercut, o tradicional gancho, Roy passou a ser chamado de Capitão Gancho.

 Cidadania russa

Além da nacionalidade americana, Roy também tem cidadania russa. No dia 19 de agosto de 2015, ele encontrou-se com o presidente russo, Vladimir Putin, na Crimeia. O boxeador explicou ao mandatário que, por viajar muito ao país por motivos comerciais, seria interessante ter acesso a um passaporte para evitar transtornos nas chegadas e partidas. Por incrível que pareça, Putin atendeu ao pedido e lhe deu a cidadania.

Polêmica em final olímpica

Roy Jones Jr. participou de uma das situações mais controversas de toda a história das Olimpíadas. Na final de sua categoria nos Jogos de Seul, em 1988, o norte-americano foi derrotado pelo sul-coreano Park Si-Hun, pela decisão dos árbitros. Roy desferiu 86 socos no asiático, que por sua vez deu apenas 32. O resultado foi tão absurdo que momentos depois da definição Park pediu desculpas a Roy. Alguns dos juízes foram afastados por órgãos da modalidade. Em 1997, o COI (Comitê Olímpico Internacional) conduziu uma investigação e apurou que os árbitros foram presenteados pelos organizadores sul-coreanos, mas não encontrou indícios de que as lutas de boxe das Olimpíadas de 1988 foram corrompidas.

"Astro" do cinema

Em meio à carreira como boxeador, Roy também se aventurou no vídeo. Ele participou de filmes famosos como "Creed II", de 2018, "O Advogado do Diabo", de 1997, e da trilogia "Matrix", de 1999, e "Matrix Reloaded", de 2003.

Astro da TV

O adversário de Mike Tyson trabalhou como comentarista na TV norte-americana. Ele foi analista da HBO durante o Campeonato Mundial de boxe de 2005, e até fez sucesso. Porém, acabou dispensado pelo canal no ano seguinte por suposta falta de comprometimento no dia a dia de trabalho.

Vida de músico

Não foi apenas no esporte que Roy conseguiu sucesso e acesso aos holofotes. Ele lançou um álbum musical em 2001 chamado “Round one: The Album”, com 19 faixas. O disco foi lançado pela Body Head Entertainment e chegou a figurar no número 2 de uma lista de álbuns de rap.

Primeira derrota foi traumática

 Roy Jones Jr. venceu suas 34 primeiras lutas profissionais e causou furor entre o final dos anos 1980 e todos os anos 1990. Mas o primeiro revés sofrido foi bem famigerado. Jones acabou desclassificado em um luta contra Montell Griffin, em 1997, por bater duas vezes na nuca do adversário. Aquela derrota fez com que ele perdesse o título dos meio-pesados do Conselho Mundial de Boxe. O detalhe é que Roy estava com ampla vantagem no combate na contagem dos jurados.

A quase luta com Tyson

Em 2003, Roy Jones Jr. teve uma proposta para enfrentar Mike Tyson. Na época, a bolsa oferecida seria de US$ 40 milhões, além de participação dos ganhos do pay-per-view da luta. Porém, Roy recusou. Quis o destino que o encontro de fato ocorresse agora, em 2020.

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