Por muito tempo o telão da Arena Olímpica mostrou a equipe do Brasil entra a terceira e a quarta posição. Era possível sonhar com um pódio na segunda-feira? Muitos torcedores acreditaram que sim, mas os ginastas sabiam que as chances ainda eram mínimas na Olimpíada do Rio de Janeiro. O inédito sexto lugar já foi muito comemorado pelo grupo, considerado mais um passo na longa caminhada para brigar pelo pódio. Para Arthur Zanetti, campeão olímpico das argolas, o Brasil vai entrar no páreo em um futuro não muito distante.
- O que falta é tempo. Ginástica artística não é de uma hora para outra. Estamos crescendo. Vamos nos esforçar cada dia para chegar lá, no pódio. Os cinco primeiros são potências há vários ciclos olímpicos. Tem só três anos que o Brasil está pegando final por equipes. É trabalhar. É tempo - disse Zanetti.
Na ginástica artística, mesmo que árbitros neguem, a tradição tem peso, principalmente na disputa por equipes. Os medalhistas do Japão (ouro), Rússia (prata) e China (bronze) brigam pelo pódio há décadas. Grã-Bretanha (quarto) e Estados Unidos (quinto) também figuram entre os principais países da modalidade há anos. O Brasil, por outro lado, só agora classificou uma equipe masculina pela primeira vez para a Olimpíada.
- Depois de muitos ciclos, conseguimos trazer uma equipe para a Olimpíada e ser finalista. Isso já é uma grande vitória para o Brasil. Foi um passo para frente. Muitas pessoas querem a medalha, mas são muitos anos de treinamento. Aqui foi um treinamento também para Tóquio 2020, visando amadurecimento da equipe - disse Diego Hypolito, bicampeão mundial do solo.
O Brasil começou a investir na equipe masculina no ciclo olímpico de Londres 2012, já de olho nos Jogos do Rio. A classificação não veio naquela época por duas posições - apenas Zanetti, Diego e Sérgio Sasaki conseguiram vagas individuais. Neste ciclo, por outro lado, o país conheceu novos ginastas fortes no individual geral, como Arthur Nory, Caio Souza e Lucas Bitencourt, que se juntaram aos veteranos Francisco Barretto e Péricles Silva na caminhada para conquistar a vaga da equipes nos Mundiais de 2014 e 2015. O Centro de Treinamento do Time Brasil, anexo à Arena Olímpica, também ajudou muito.
- Esse investimento e essa estrutura precisam continuar. Quem sabe daqui a dois ciclos a gente seja como Japão, Rússia e China - disse Sasaki.
- Acho que os cinco que estão aqui hoje tem que servir como espelho para a nova geração. Renovação a gente sempre espera. Teve um investimento bem bom para essa olimpíada. A gente sabia que pra buscar medalha agora estava em cima d agora o lance é ir para Tóquio e lá sim buscar medalha. Vimos que temos capacidade para subir - completou Chico.
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