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INTERNACIONAL Quinta-feira, 26 de Setembro de 2024, 14:19 - A | A

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nos EUA

Adolescente que matou a mãe e chamou amiga para 'ver' cadáver é condenada à prisão perpétua

Menina também chegou a atirar no ombro do padrasto, que conseguiu contê-la e chamou a polícia

O Globo

Uma adolescente de 15 anos foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato da própria mãe, identificada como Ashley Smylie, em Mississippi, nos Estados Unidos. O crime aconteceu em março deste ano, na casa da família. A menina também tentou matar o padrasto.

Por que a adolescente matou a mãe?
Conforme alegaram os promotores de Justiça durante o julgamento da adolescente, que durou cerca de uma semana, Smylie teria descoberto uma “vida secreta” da filha com relação ao uso de drogas, e essa foi a motivação do crime.

Como aconteceu o crime?
A adolescente usou uma arma magnum .357 para matar a mãe, no dia 19 de março, após voltarem da escola onde a menina estudava e a mãe era professora de matemática. Após cometer o crime, a menina ainda convidou uma amiga para ir até a casa “ver” o cadáver. “Você já viu um?”, teria indagado a autora do crime.

Ela teria dito à amiga que havia uma “emergência” na casa, segundo o jornal britânico The Independent. Depois, atraiu o padrasto para o imóvel se fazendo passar pela mãe em uma mensagem de texto na qual dizia: “Quando vai chegar em casa, querido?”.

A adolescente chegou a atirar no ombro do padrasto, que conseguiu contê-la e chamou a polícia.

O que os advogados da adolescente alegam?
Os advogados que defendem a adolescente tentaram livrá-la da pena e alegaram que ela estava em um “estado de psicose em um episódio de estresse agudo em 19 de março, ela se perdeu no que foi a tempestade perfeita”.

Como a mãe descobriu o uso de drogas pela filha?
Ashley Smylie descobriu o uso de drogas pela filha após ter sido avisada por um amigo da adolescente, que também falou sobre a utilização de celulares “descartáveis”, canetas vape escondidas com maconha e um histórico de golpes na escola. De acordo com a promotora assistente do Condado de Rankin, Kathryn Newman, o amigo estava preocupado e decidiu levar a situação da jovem à mãe.

 “Pelo depoimento de um amigo, ele estava tão preocupado com o uso de maconha por Carly, tão preocupado com o fato de ela estar chapada e tão preocupado com o fato de ela ter esses telefones descartáveis, dos quais a mãe [de Carly] não sabia, que se sentiu compelido a contar à Srta. Ashley Smylie naquele dia”, diz a promotora.

 Após o crime, os investigadores chegaram a encontrar um diário da adolescente. No caderno, ela escreveu uma lista de cinco “crenças”. Entre elas, estão: “não existe Deus”, “não há problema em ser mau” e “você não precisa de família”.

 A menina cumprirá prisão perpétua sem direito a liberdade condicional.

 

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