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INTERNACIONAL Quinta-feira, 13 de Maio de 2021, 14:23 - A | A

Quinta-feira, 13 de Maio de 2021, 14h:23 - A | A

CONFLITO NA IRLANDA DO NORTE

Governo do Reino Unido promete ajuda para encontrar vítimas desaparecidas

Estima-se que cerca de 3.500 pessoas tenham morrido nos conflitos. Uma parte dos crimes continua sem solução

G1

O governo do Reino Unido se comprometeu, nesta quinta-feira (13), a ajudar as famílias das vítimas que desapareceram durante o conflito na Irlanda do Norte a descobrirem o que aconteceu com seus parentes.

A Irlanda do Norte viveu um período de cerca de 30 anos, entre o fim dos anos 1960 e o fim dos anos 1990, de intensos combates entre dois grupos:

Católicos republicanos a favor da independência do Reino Unido e
Protestantes a favor da união com o Reino Unido


Estima-se que, até o acordo de paz de 1998, o conflito tenha deixado 3.500 mortos. Vinte e três anos após o acordo de paz, "milhares de mortes continuam sem solução", disse Brandon Lewis, ministro do Reino Unido para a Irlanda do Norte.

O governo quer dar uma resposta que "reflita o tempo que passou, a complexidade da turbulenta história da Irlanda do Norte e a realidade dos compromissos já assumidos". Mas, acima de tudo, "de uma forma que permita às vítimas e sobreviventes terem acesso à verdade que merecem", disse ele.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se desculpou na quarta-feira pelos tiroteios de 1971 no bairro de Ballymurphy, em Belfast.

Uma juíza da Irlanda do Norte decidiu na terça-feira (11) que o Exército britânico usou força injustificada no "massacre de Ballymurphy", considerado um dos episódios mais mortais em três décadas de violência entre católicos republicanos e protestantes partidários da coroa britânica.

"Este governo quer avançar, abordando o legado do passado na Irlanda do Norte, um caminho que permitirá que todos os indivíduos, ou famílias que desejam informações, busquem e recebam respostas sobre o que aconteceu", disse Lewis.

Ele também defendeu uma medida que "pavimenta o caminho para uma reconciliação social mais ampla para todas as comunidades".

Johnson escreveu às famílias das vítimas de Ballymurphy, enviando uma carta a cada uma, mas estas rejeitaram essas "desculpas de terceiros".

Briege Voyle, cuja mãe foi morta a tiros pelos militares britânicos, disse que a polícia deve agora investigar, e o Ministério da Defesa, "dar as informações de que dispõe".

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