O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que Israel lançou "153 toneladas de bombas" na Faixa de Gaza no domingo, em resposta ao que o exército denunciou como ataques do Hamas em violação ao cessar-fogo.
— Ontem, lançamos 153 toneladas de bombas em diferentes partes da Faixa de Gaza depois que dois de nossos soldados foram assassinados pelo Hamas — declarou Netanyahu no Knesset, o Parlamento israelense, que abriu uma nova sessão nesta segunda-feira.
O exército, que anunciou no domingo a morte de dois soldados em combate em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, realizou bombardeios em todo este território palestino antes de anunciar na noite de domingo a retomada do cessar-fogo.
O Hamas negou qualquer envolvimento e reafirmou seu compromisso com o acordo em vigor desde 10 de outubro.
Rompimento do cessar-fogo
As Forças Armadas de Israel voltaram a abrir fogo na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, um dia após o acordo de cessar-fogo com o Hamas ser rompido por algumas horas. O Exército israelense informou em nota que abriu fogo contra alvos hostis após suspeitos invadirem uma zona para a qual militares recuaram após o início da trégua. O incidente acontece no mesmo dia em que o enviado especial americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e Jared Kushner, conselheiro e genro do presidente americano, Donald Trump, desembarcaram no Estado judeu em buscas de garantias para a continuidade do acordo.
O Exército israelense disse ter identificado uma tentativa de infiltração a partir da área de Shejaiya, nos arredores da Cidade de Gaza, contra a chamada linha amarela, zona para a qual os militares recuaram após o início da atual trégua. Em um comunicado divulgado na manhã desta segunda (madrugada em Brasília), o comando militar israelense afirmou que a ação era compatível com o acordo, e continuaria a "remover qualquer ameaça imediata".
O perfil da ação israelense desta segunda é diferente da registrada no domingo, quando dezenas de bombardeios foram lançados contra posições do Hamas em Gaza, matando 44 pessoas — no que foi apontado por analistas internacionais como primeiro grande teste ao acordo de paz mediado pelos EUA e por atores regionais. Israel justificou a campanha de bombardeios após dois militares serem mortos no sul do enclave, por um míssil antitanque. O Hamas negou ter participado da ação, e acusou o lado israelense de ter violado o acordo. A situação foi normalizada ainda no domingo.
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