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INTERNACIONAL Sexta-feira, 28 de Maio de 2021, 08:35 - A | A

Sexta-feira, 28 de Maio de 2021, 08h:35 - A | A

NOVA PENA

Justiça de Hong Kong condena magnata da imprensa Jimmy Lai

Lai foi sentenciado a 14 meses de prisão por ter participado em 2019 em uma manifestação no 70º aniversário da China comunista. Outras 7 figuras importantes do movimento pró-democracia também receberam novas penas

G1

Jimmy Lai, magnata da comunicação de Hong Kong, foi condenado nesta sexta-feira (28) a uma nova pena de prisão, por ter participado em 2019 em uma manifestação no dia do 70º aniversário da China comunista.

Lai já está detido atualmente, por ter participado de outras manifestações, e agora foi sentenciado a mais 14 meses de prisão por "incitação a participar intencionalmente de uma assembleia não autorizada" em 1º de outubro de 2019.

Ele é dono de duas publicações abertamente pró-democracia e críticas ao governo chinês, o jornal "Apple Daily" e a revista "Next Magazine", e já está cumprindo uma sentença de 14 meses por seu papel em duas manifestações não autorizadas quando o território autônomo explodiu em protestos contra a interferência do regime comunista (veja mais abaixo).

Outras sete figuras importantes do movimento pró-democracia, incluindo Figo Chan, de 25 anos, e os ex-deputados Lee Cheuk-yan e Leung Kwok-hung, também receberam novas penas.

Ao chegar ao tribunal, em uma viatura policial, vários réus fizeram o "V" da vitória. Algumas pessoas conseguiram se aproximar para expressar apoio.

A nova onda de condenações mostra mais uma vez a implacável repressão chinesa na ex-colônia britânica.

Protesto de 1º de outubro
Hong Kong foi cenário por vários meses em 2019 de grandes manifestações, algumas delas violentas, a favor de mais democracia no território e contra o cada vez maior controle da China.

Em 1º de outubro daquele ano, dia da festa nacional chinesa, militantes radicais e forças de segurança se enfrentaram com grande violência à margem de uma manifestação pacífica, da qual participaram os condenados desta sexta.

A China considerou uma ofensa a grande participação da população de Hong Kong no protesto no dia em que o governo celebrava o 70º aniversário do regime comunista.

"Foi inocente acreditar que um pedido de comportamento pacífico e racional bastaria para garantir a ausência de violência", declarou a juíza Amanda Woodcock ao pronunciar as penas de prisão contra os oito réus.

Protestos de 2019
Mais de 10 mil pessoas foram detidas nas manifestações de 2019 e 2,5 mil foram condenadas por diversas infrações. Muitos líderes do movimento pró-democracia estão detidos ou no exílio.

Mais de 100 pessoas, incluindo Lai, foram processadas com base na Lei de Segurança Nacional, que inclui penas que podem chegar à prisão perpétua.

Os militantes condenados nesta sexta pertencem à ala mais moderada do movimento pró-democracia. Quatro deles já cumpriam penas de prisão por participação em manifestações.

Muitos deles passaram décadas pregando a não violência em sua campanha por uma eleição realmente democrática em Hong Kong.

Figo Chan é um dos pilares da coalizão Frente Civil dos Direitos Humanos, que organizou as principais manifestações de 2019, nas quais participaram centenas de milhares de cidadãos de Hong Kong.

A única vitória concreta do movimento foi a desistência do governo local de uma polêmica lei de extradição, que previa o julgamento de alguns casos na China continental.

Vigília proibida
Na quinta-feira (27), a polícia de Hong Kong não autorizou a organização em junho da tradicional vigília em recordação da repressão da Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim.

O ministro da Segurança de Hong Kong afirmou que a nova e drástica lei de Segurança Nacional que a China impôs à ex-colônia britânica poderia ser invocada no caso.

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