Mitesh Patel dizia ao seu namorado que se casou com Jessica Patel apenas para ocultar sua verdadeira orientação sexual.
Ele planejava ter um filho com ela, por meio de fecundação in vitro, fugir com o bebê para a Austrália e formar uma família com o parceiro. Mas os planos de Mitesh não deram certo. Ele acaba de ser condenado à prisão perpétua pelo assassinado de Jessica, ocorrido no dia 14 de maio deste ano.
Segundo os promotores, Mitesh injetou insulina na esposa de 34 anos e a asfixiou até a morte com uma sacola de supermercado. O crime ocorreu na casa onde os dois moravam em Middlesbrough, no norte da Inglaterra.
Em seguida, Mitesh amarrou a mulher com fita adesiva, bagunçou a casa inteira e tirou de lá alguns objetos para que a morte parecesse consequência de um assalto.
Depois, saiu de casa para comprar uma pizza. Ao retornar, ligou para o serviço de emergência dizendo que a esposa havia sido atacada por bandidos. Nos quatro minutos e meio de telefonema, até a chegada dos policiais, Mitesh finge desespero ao deparar com o corpo da mulher e relata que ela está "com a mão fria", pés e mãos amarrados, uma cor escura no pescoço e sangue no nariz.
Mas as câmeras de segurança da casa registraram Jessica chegando lá às 19h. Mitesh aparece deixando a residência 40 minutos depois. A essa altura, ele já havia matado a esposa. O homem retorna à casa após comprar a pizza e chama a polícia.
Segundo os investigadores, Mitesh tinha a intenção de receber um seguro de vida da esposa no valor de US$ 2,5 milhões (R$ 9,7 milhões) antes de se mudar para a Austrália para viver com o amante, identificado como Amit Patel.
"Ele poderia ter se divorciado dela e levado o que quisesse. Não precisava tirar a vida dela. Ele não tinha o direito de dar esse passo cruel", disse Divya Patel, irmã de Jéssica.
'Carente e cruel'
Ao condenar Mitesh Patel, o juiz James Goss disse que ele nitidamente não sentia arrependimento. Goss afirmou que a vítima "claramente" amava o marido e foi fiel a ele durante nove anos. "Ela não queria nada mais além de ter filhos e viver uma vida familiar normal. Mas o réu não tinha atração sexual por ela. Ele se sentia atraído por homens", disse o juiz.
Jessica tinha, segundo o juiz, consciência da sexualidade do marido e estava "solitária, triste e sob seu controle (de Mitesh)". O juiz destacou que mensagens enviadas por Mitesh revelaram que ele era alguém "emocionalmente carente e cruel" e que usava a mulher enquanto "satisfazia aos seus próprios desejos e caprichos".
Nas duas semanas de julgamento, foi revelado que Mitesh, que era dono de uma farmácia com a esposa, teve uma série de aventuras amorosas com homens que conhecia por meio de um aplicativo de namoro.
'Apodrecer no inferno'
Ao ler uma declaração em nome das irmãs e primas de Jessica, a irmã mais nova dela, Divya, disse: "A única coisa que esperamos é que ela não tenha sofrido nos seus últimos momentos (de vida)". "A cruel realidade é que ela sofreu, sim. Sabia exatamente quem era seu assassino e ele ignorou sem piedade as tentativas dela de lutar pela vida", disse.
"Imaginamos o medo e o pânico que ela deve ter sentido ao saber o que aconteceria. Pensar nesse momento nos entristece enormemente." Divya Patel também se dirigiu diretamente ao cunhado: "Sabemos que ela está livre de você para sempre. Enquanto ela descansa no céu, você vai apodrecer no inferno".
A vítima havia se submetido a três ciclos de fecundações in vitro para tentar ter um filho com o marido. No último, foram produzidos três embriões, mas ela foi assassinada antes que fossem implantados.
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