O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, revogou oficialmente seu pedido de renúncia nesta terça-feira (5).
O político havia anunciado sua decisão de deixar o cargo no dia 4 de novembro, durante uma viagem à Arábia Saudita, pegando o governo do país de surpresa.
Após a renúncia de Hariri, várias forças políticas libanesas, incluindo Aoun, acusaram o governo da Arábia Saudita de tê-lo forçado a deixar o cargo e de retê-lo contra a sua vontade. Riad diz que Hariri, principal político muçulmano sunita do Líbano e aliado saudita de longa data, renunciou por vontade própria e nega ter mantido o primeiro-ministro em seu território.
Após quase três semanas em Riad, Hariri viajou a Paris, a convite do presidente Emmanuel Macron, voltou a Beirute em 21 de novembro.
No dia 22, Hariri anunciou que, após conversar com Aoun, decidira adiar a renúncia, acatando um pedido deste.
A renúncia de Hariri trouxe o temor de que o Líbano, país de frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, caia de novo na violência. A Arábia Saudita sunita e o Irã xiita, dois pesos-pesados na região, enfrentam-se em vários conflitos do Oriente Médio, especialmente na Síria e no Iêmen.
Saad Hariri, filho do ex-premiê assassinado Rafic, nasceu em Riad e possui cidadania saudita e francesa, além da libanesa.
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