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INTERNACIONAL Sábado, 15 de Novembro de 2025, 11:30 - A | A

Sábado, 15 de Novembro de 2025, 11h:30 - A | A

Pressão sobre Maduro

Trump disse já ter tomado decisão sobre Venezuela, mas não diz o que fará

Declaração do presidente foi dada um dia após anúncio de lançamento da Operação Lança do Sul por seu secretário de Guerra, Pete Hegseth, que teria objetivo de combater 'narcoterroristas'

G1

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (14) que já tomou uma decisão sobre o que fará em relação à Venezuela, mas que "não pode dizer" o que ele decidiu.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é considerado por Washington como um "narcoterrorista" por, supostamente, chefiar um grupo que atua no tráfico de drogas, o Cartel de los Soles.

A declaração ocorre um dia após o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, anunciar uma operação militar chamada 'Lança do Sul', que teria o objetivo de combater o que ele chamou de "narcoterroristas" e proteger o país das drogas.

 Trump conversou com repórteres a bordo do Air Force One, o avião oficial da Presidência dos EUA.

O alvo exato da Lança do Sul não foi informado, mas ela será realizada com o Comando Militar Sul, que realiza operações no Caribe e na América Latina. Os EUA tem intensificado a presença de navios e aviões de guerra perto da costa da Venezuela, num movimento que o governo de Nicolás Maduro, em Caracas, considera preparatório para uma eventual invasão.

Segundo o jornal "The Washington Post", Trump, Hegseth e militares de alta patente discutiram potenciais ações militares na Venezuela a portas fechadas na Casa Branca nos últimos dois dias. Apesar de ter estacionado navios de guerra perto do litoral do país e ter atacado barcos supostamente usados para transportar drogas, nenhum ataque direto foi feito ao território venezuelano.

Também nesta sexta-feira, Maduro pediu apoio para "o povo dos Estados Unidos" para "parar a guerra" em um discurso televisionado no país.

“Parem a mão de quem quer que ordene os bombardeios e a guerra no Caribe”, disse Maduro.

O presidente da Venezuela também pediu para que o Tribunal Penal Internacional e a ONU ajam para evitar conflitos na região.

Arsenal de guerra
Nesta semana, a Marina dos EUA anunciou que o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, chegou à área de operações da América Latina. Segundo os militares, o navio dará apoio a operações para “desmantelar organizações criminosas transnacionais”.

As embarcações e aeronaves do grupo de ataque do USS Gerald Ford se somam à já robusta presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe, composta por navios de guerra, jatos de combate, helicópteros de operações especiais e aviões bombardeiros.

Nos últimos dois meses, os EUA atacaram mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, em ações que deixaram mais de 70 mortos. Segundo o comando americano, os barcos pertenciam a organizações narcoterroristas.

Os ataques começaram em setembro, dias depois de os EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e lançarem uma operação militar contra o narcotráfico no Caribe.

O governo americano acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado como organização terrorista internacional. Nesse contexto, autoridades dos EUA afirmam que o presidente venezuelano pode ser considerado um alvo legítimo em ações contra cartéis.

A revista "The Atlantic" informou que Maduro estaria disposto a negociar sua saída do poder, desde que recebesse anistia e garantias de segurança para viver no exílio.

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