O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, acusou os Estados Unidos de terem assassinado sumariamente venezuelanos, se referindo ao ataque divulgado pelo próprio presidente norte-americano, Donald Trump, que terminou com 11 mortos no mar do Caribe. O republicano defendeu que os EUA atingiram um barco com narcotraficantes. Cabello, no entanto, questiona a legalidade de tal ação.
"Assassinaram 11 pessoas sem qualquer julgamento. Eu pergunto: isso pode ser feito? Nenhuma suspeita de narcotráfico autoriza execuções extrajudiciais no mar", afirmou o ministro venezuelano em um editorial ao abrir o seu programa semanal de televisão, El Mazo Dando.
Cabello também questionou as informações dadas pelos EUA sobre o ataque. Ele pergunta onde estão as drogas que estariam no barco e defende que se tratava de uma pequena embarcação, sem carga visível pelas imagens divulgadas pela administração Trump.
"O que ocorreu foi uma execução extrajudicial disfarçada de 'operação antidrogas'", defendeu o ministro, que emendou que os EUA estão buscando uma mudança no regime venezuelano a partir de violações dos direitos humanos. Em meio à tensão, Cabello ainda anunciou exercícios militares para esta quinta e sexta-feira, 4 e 5.
O ataque ao barco venezuelano
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na tarde desta terça-feira, 2, que as forças dos EUA haviam abatido o que ele descreveu como um 'barco de transporte de drogas' ligado à Venezuela. Em uma publicação nas redes sociais, o republicano afirmou que 11 integrantes do cartel Tren de Aragua foram mortos durante a ação, executada em águas internacionais.
A declaração de Trump se deu em uma entrevista coletiva a jornalistas na Casa Branca, em Washington D.C.: "Nos últimos minutos, nós abatemos um barco, um barco carregado de drogas. (...) E há mais de onde veio esse barco, há muitas drogas entrando em nosso país, e este saiu da Venezuela".
Horas após o anúncio, Trump falou sobre a operação em sua plataforma, a Truth Social. Em uma publicação, o presidente confirmou que as Forças Armadas dos EUA conduziram o ataque contra a embarcação, após especialistas confirmaram que os tripulantes eram membros da organização criminosa venezuelana.
"O ataque ocorreu enquanto os terroristas estavam em águas internacionais, transportando drogas ilícitas a caminho dos Estados Unidos. O ataque resultou em 11 terroristas mortos. Nenhum militar americano ficou ferido. Que isso sirva de aviso para qualquer um que pensar em trazer drogas aos EUA", declarou.
O anúncio se dá em meio à crescente crise entre Washington D.C. e Caracas. Na última terça-feira, 26, o governo de Nicolás Maduro anunciou que drones e navios da Marinha fariam patrulhas nas fronteiras.
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