Após a Procuradoria Geral da República (PGR) entender que não existem elementos suficientes para abrir investigação no episódio de suspeita de corrupção na Secretaria de Estado de Educação desvendado pela Operação Rêmora, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) desabafou e disse que enxerga um modelo preocupante de Estado no Brasil na qual vigora a condenação antecipada sem a oportunidade de defesa aos acusados.
“A delação virou uma execução sumária. Numa investigação, têm que se ouvir todas as partes, assegurar o direito a ampla defesa e contraditório. Infelizmente, se algum agente político é citado numa delação ou vira réu já é antecipadamente condenado e linchado publicamente. Essa condenação prévia está refletindo também no cidadão comum. Isso preocupa numa democracia”, disse.
No termo de colaboração premiada firmado com o Ministério Público Estadual (MPE) , no qual se compromete a auxiliar a Justiça a desvendar o esquema de corrupção investigação pela Operação Rêmora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o empresário Giovani Guizardi declarou que o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) foi o responsável pelas indicações do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, e do ex-assessor especial Fábio Frigeri. Ambos estão presos preventivamente.
O parlamentar negou que tenha feito qualquer indicação ao governador Pedro Taques (PSDB) e assegurou que o Executivo obteve total autonomia para compor a equipe administrativa que assumiu as funções no dia 1º de janeiro de 2015.
“Nunca vi esse moço [Giovani Guizardi] na minha vida. Sempre defendi que todos os cargos de primeiro escalão fossem de escolha do governador. O Permínio Pinto sempre foi reconhecido pela competência nos cargos públicos que exerceu e tenho amizade pessoal com ele. Agora, se algum erro foi cometido, terá que ser pago com a Justiça”, completou.
CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.
0 Comentários