Aclídes Marcelo Gomes, 39, o "Menino Mau", teve seu regime fechado convertido para regime semiaberto em audiência realizada no dia 18 deste mês. Ele foi acusado, julgado e condenado por participação no caso que ficou conhecido como a "Chacina do Altos da Serra", em que 6 pessoas foram brutalmente assassinadas e tiveram suas cabeças esmagadas. Fora da cadeia, ele será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Condenado a 129 anos de prisão por 12 homicídios, incluindo os da chacina, ele está preso desde 2001. Nesse tempo, passou 4 anos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, até ser transferido para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo Carumbé.
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Os motivos apontados para a remissão de pena são o bom comportamento carcerário e o cumprimento de ao menos um sexto da pena, que foi atingida por Aclídes em agosto deste ano.
"Lado outro, vislumbra-se a existência de exame criminológico, evidenciando que 'a sua capacidade de entendimento e determinação de seus atos estão presentes e não observo sinais de doença mental. O reeducando, manifesta desejo de reconstruir sua vida, trabalhar e cuidar de sua família', restando desse modo, preenchido também, o critério subjetivo, concernente à progressão regimental", diz trecho da decisão.
Condicionado ao uso de tornozeleira eletrônica, ele terá 7 dias, a contar pela data da sentença, para trabalhar ou sair para procurar emprego. A admissão será comprovada por carteira ou contrato de trabalho assinados. Caso não consiga trabalho em 30 dias, "Menino Mau" pode voltar ao regime fechado.
Ele deve permanecer em casa das 22h à 6h, mas pode obter autorização judicial para trabalhar, ir a cursos e participar de cultos religiosos fora do horário permitido. Contudo, Aclídes ficou proibido de frequentar casas de prostituição, bocas de fumo, portar armas, ingerir bebida alcoólica e cometer qualquer tipo de infração penal. Ainda, deve comparecer em juízo mensalmente para fiscalização de tornozeleira e comprovação de trabalho.
Chacina do Altos da Serra
Em 28 de março de 2001, João Zeferino da Silva, Eleonice da Costa Oliveira, Antonildes da Silva Nascimento, Vanderley Kilses e Tiago Dias dos Anjos foram mortos e tiveram seus corpos queimados. Aclídes foi acusado de ter participado do crime e, quando questionado, afirmou que a motivação teria sido a maconha.
"Menino Mau" estava com 2 colegas no bairro e pediu para que um deles comprasse droga. O rapaz voltou sem maconha e disse que tinha sido maltratado. Foi o suficiente para que ele cometesse os crimes. Durante o tempo em que permaneceu preso, no entanto, Aclídes se converteu e se tornou pastor e membro da ala evangélica do presídio.
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