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POLÍTICA & PODER Quinta-feira, 09 de Outubro de 2025, 08:38 - A | A

Quinta-feira, 09 de Outubro de 2025, 08h:38 - A | A

pequenos empresários

Câmara vota pedido de urgência para projeto de Jayme Campos que beneficiará os MEIs

Proposta pode entrar em votação direta no Plenário na próxima semana caso urgência seja aprovada; texto já passou pelo Senado e comissões técnicas

Da Redação

Em um movimento que pode acelerar a aprovação de uma das principais reivindicações dos pequenos empresários brasileiros, a Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira o pedido de urgência para o Projeto de Lei Complementar 108/2021, de autoria do senador Jayme Campos (União-MT). A proposta permitirá o enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI) de pessoa com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 144 mil. 

A aprovação da matéria, que aumenta também de 1 para dois funcionários, ganhou tração na terça-feira, 7, após realização de sessão especial para comemorar o Dia Nacional do Empreendedorismo. Líderes partidários e das frentes parlamentares no Congresso apelaram ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) para que a matéria seja colocada em votação. 

Caso a urgência seja aprovada nesta quarta-feira, o projeto deve entrar em votação possivelmente na próxima semana. A matéria, que já havia sido aprovada pelo Senado, também foi apreciada pelas comissões técnicas do Legislativo e recebeu forte apoio dos setores empresariais. 

Os limites de receita dos MEIs estão congelados desde 2018, sem correção pela inflação acumulada nos últimos seis anos, o que tem levado milhares de empresas a serem "empurradas" para o regime normal de tributação, mais oneroso e complexo. “Aprovar esse projeto é trabalhar para que se faça justiça com essa importante parcela de pessoas empreendedoras, que querem expandir e fazer seus negócios crescerem como convém a toda nação” – disse Jayme Campos, ao receber a confirmação da urgência. 

Jayme Campos destacou que a proposta não gerará custos aos cofres públicos. "Pelo contrário, vai trazer mais receitas para a caixa do governo, pois mais empresas serão criadas e expandidas" – ele argumentou. A lógica defendida pelo autor do projeto é que a medida incentivará a formalização, permitirá a expansão dos negócios já existentes e, consequentemente, ampliará a base de contribuintes, compensando eventuais renúncias com o crescimento da atividade econômica. 

Os pequenos negócios representam 95% das empresas instaladas no país, segundo dados do Sebrae, e são os mais afetados pela defasagem dos limites. Cálculos apontam que, transformada em lei, o projeto do senador mato-grossense tende a gerar 869 mil empregos formais, R$ 81,2 bilhões para os setores produtivos, R$ 29,8 bilhões/ano em reinvestimentos e maior formalização, competitividade e arrecadação estável.

 

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