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POLÍTICA & PODER Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 09:36 - A | A

Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 09h:36 - A | A

deputada defende judicialização

Frente Parlamentar do Agro discute medidas contra moratória da soja e da carne em MT

A Moratória da Soja é uma iniciativa que objetiva assegurar que a soja, produzida no bioma Amazônia e comercializada pelos seus signatários, esteja livre de desflorestamentos ocorridos após 22 de julho de 2008

Da Redação

Durante reunião da Frente Parlamentar do Agro de Mato Grosso, ocorrida na manhã desta terça-feira (23.04), na sede da Famato, que teve como pauta principal a moratória da soja e da carne, a deputada estadual Janaina Riva (MDB), defendeu a judicialização do embargo que afeta diretamente os produtores não só de Mato Grosso, mas de todos os estados que possuem o Bioma Amazônia.

A Moratória da Soja é uma iniciativa que objetiva assegurar que a soja, produzida no bioma Amazônia e comercializada pelos seus signatários, esteja livre de desflorestamentos ocorridos após 22 de julho de 2008. O problema é que este ‘acordo’ sobrepõe a legislação florestal brasileira que é considerada uma das mais rígidas do mundo. Em Vera e Feliz Natal, médio-norte de Mato Grosso, 70% dos agricultores (cerca de 260) estão impedidos de comercializar a oleaginosa com as empresas signatárias da moratória da soja.

“Importante que hoje aqui nós falamos sobre a necessidade de se fazer já um processo judicial sobre o caso. Nós temos algumas pautas que já foram tratadas pelo governo do estado. A primeira delas é discutir quais são os signatários hoje da moratória da soja e o governo conversar com cada uma das empresas demonstrando prejuízo social e econômico para o estado de Mato Grosso. A segunda delas, a presença dos representantes que são a favor da moratória da soja, que estão dentro dos conselhos estaduais, o governo também ficou de prejuízo. Os benefícios fiscais a empresas que são concedidos pelo estado, que também assinam a pactuação da moratória da soja, o governo rever também essa política de incentivo e por último seria o processo judicial. O que nós tratamos hoje aqui foi da necessidade de andar com o processo judicial em conjunto e junto com essas políticas que nós estamos debatendo para avançar na pauta aqui, especialmente no estado de Mato Grosso”, defendeu a parlamentar.

Para Janaina é uma absurdo que um pacto comercial sobreponha a legislação e reforça sobre o prejuízo gigantesco à economia mato-grossense. “É um prejuízo grande para o estado. O Código Florestal de 2008 não estabelece nenhuma das regras da moratória, então quer dizer, existe um pacto comercial que é superior à legislação federal brasileira, à legislação estadual de Mato Grosso, e isso é muito preocupante. É preocupante porque nós acabamos não sendo donos daquilo que é nosso, que seria o nosso País, o nosso estado. Esse pacto comercial, ele é feito especialmente para atender, países como os da União Europeia, que têm buscado frear a produção brasileira com interesse econômico de viabilizar a sua produção e tentar inviabilizar a nossa”, avalia.

Na visão da parlamentar, a moratória aumenta o risco do comércio ilegal. “Os municípios que são atingidos sofrem grande prejuízo, isso aumenta também, de certa forma, o comércio ilegal porque algumas propriedades produzem e vendem para outras que podem comercializar e é isso que nós não queremos. Nós estamos dentro daquilo que a lei determina, trabalhando na legalidade no nosso Estado e um pacto comercial está nos obrigando a viver fora daquilo que deveria ser o correto. Então tá tudo errado, tem que ser revisto e a Assembleia vai batalhar bastante junto com as entidades do segmento de produção do Estado de Mato Grosso e queremos que o Estado vire essa página e que eles tenham condição de igualdade desde que tenha desmatado legalmente”, finalizou a parlamentar.

A deputada lembra que nem todo o desmate é ilegal e quando geralmente se fala sobre o assunto só se fala de desmate ilegal, porém ela reforça que existe o desmate legal e que ele é lícito, previsto no Código Florestal Brasileiro e tem regras muito restritivas no País para poder se utilizar a terra.

Além de Janaina, participaram da reunião os deputados Dilmar Dalbosco, Faissal Calil, Nininho e Carlos Avalone, além de representantes do setor produtivo e sindicatos rurais e da AMM.

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