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POLÍTICA & PODER Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 15:00 - A | A

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EMENDAS NA SEAF

Mauro manda Sesp investigar vazamento de relatório que cita 14 deputados

Todos os parlamentares negaram envolvimento no suposto esquema e demonstraram indignação com o vazamento do relatório

Da Redação

O governador Mauro Mendes determinou, nesta quinta-feira (26), que a Secretaria de Estado de Segurança Pública abra investigação imediata para apurar o vazamento de um relatório sigiloso da Polícia Civil que embasou reportagem nacional envolvendo 14 deputados estaduais em um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. 

O governador fez um despacho manuscrito ao secretário de Segurança, coronel César Roveri, solicitando providências imediatas para identificar a origem do vazamento envolvendo um esquema com emendas parlamentares na compra superfaturada de kits agrícolas da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar. 

O conteúdo sigiloso, que veio a público por meio de reportagem do portal UOL, aponta 14 deputados estaduais, além de um prefeito e um secretário de Estado, como possíveis envolvidos na destinação de emendas parlamentares utilizadas para compras com indícios de sobrepreço. A apuração faz parte da Operação Suserano, deflagrada em setembro de 2024, que estima um prejuízo superior a R$ 28 milhões aos cofres públicos.

A Controladoria-Geral do Estado (CGE) também é citada como fonte de parte das informações, mas, segundo o controlador-geral Paulo Farias Nazareth Neto, o órgão não mencionou nomes de deputados em seus relatórios. Ele esteve na Assembleia nesta quinta para prestar esclarecimentos.

A decisão pelo pedido de investigação veio após o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), encaminhar ofício ao Executivo cobrando apuração. Max alertou, no ofício encaminhado ao Executivo, que a divulgação indevida do documento compromete o devido processo legal e a segurança das investigações. Ele destacou que a exposição pública dos parlamentares pode afetar o direito à ampla defesa e comprometer o equilíbrio entre os Poderes.

“Referido documento, de natureza sigilosa, passou a circular de maneira irregular, expondo parlamentares e colocando em risco o trâmite legal da apuração”, diz trecho do documento assinado por Russi. O parlamentar também exigiu a identificação dos responsáveis pelo vazamento e a adoção de medidas que evitem novas ocorrências semelhantes.

Entre os parlamentares citados no relatório estão o ex-presidente da ALMT, José Eduardo Botelho (União), além de Dilmar Dal Bosco (União), Faissal Calil (Cidadania), Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD), Julio Campos (União), Alan Kardec (PSB), Carlos Avalone (PSDB), Gilberto Cattani (PL), Thiago Silva (MDB), Wilson Santos (PSD), Dr. Eugênio (PSB), Fabio Tardin (PSB), Doutor João José (MDB) e Juca do Guaraná (MDB), além do atual prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), que à época era deputado estadual.

Todos os parlamentares negaram envolvimento no suposto esquema e demonstraram indignação com o vazamento do relatório.

 

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