As pesquisas eleitorais tem sido utilizadas como instrumento de manipulação do eleitor? O Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel), presidido pelo desembargador Márcio Vidal, quer promover na sociedade a discussão sobre a necessidade de se rever a legislação pertinente a essa questão. O professor de ciências políticas, João Edisom, vai além. “O Colégio de Presidentes dos TREs está corretíssimo. As pesquisas eleitorais hoje são manipuladas. Defendo inclusive que elas entrem em período de quarentena por duas eleições, para que se discuta e se aprove uma nova legislação”.
A manifestação do professor João Edisom ocorreu durante entrevista ao programa Cidadania em Debate, produzido pelo TRE-MT em parceria com a TV Assembleia, e que se encontra no canal youtube do Tribunal.
De acordo com o professor, toda pesquisa deve seguir métodos científicos segundo os quais, ao iniciar os trabalhos, não se sabe o resultado, visto que este dependerá da análise das respostas dos entrevistados. Não é o que tem acontecido com as pesquisas eleitorais.
“A pesquisa não pode se transformar em instrumento de vontade do resultado. Mas hoje as pesquisas são feitas visando um resultado. O que temos é um grande mercado de institutos, que trazem a pesquisa como um produto que faz parte da campanha ou do marketing do candidato.
João Edisom explicou que as pesquisas consistem em importante instrumento para os candidatos, na medida em que os mantém informados sobre os reflexos de sua campanha no eleitorado, sobre os temas mais relevantes para o eleitor, dentre outros aspectos. A saída, na opinião dele, é manter as pesquisas eleitorais para consumo interno, ficando vedada sua divulgação aos eleitores.
“Neste caso as pesquisas continuariam a cumprir sua principal função junto aos candidatos, sem dar margem para as manipulações que existem hoje”, concluiu o professor.
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