Secretário adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambinte, Alex Marega esclarece que projeto cota zero para pesca nos rios mato-grossense vale tanto para os pescadores amadores como profissionais.

“A Cepesca propôs a proibição da pesca amadora, mas o governo entendeu que conforme outros Estados já fizeram deveria estender isso para qualquer tipo de pesca, e entendemos que isso vai dar um impacto positivo sobre o estoque pesqueiro”, disse o secretário, que participa de audiência pública na Assembleia Legislativa.

Alex Marega diz que nenhum pescado de rio poderá ser transportado, e que se for aprovado o projeto qualquer peixe que estiver sendo transportado ou comercializado e se a origem for de rio, ele estará irregular e a pessoa responsável será autuada e o pescado apreendido.

Porém, ele deixa claro que a pesca não está proibida, desde que o consumo seja em um limite. “O projeto enviado diz que se pode comer o peixe no hotel, em barco hotel, na beira do rio, então já há várias concessões para que o peixe seja transportado no limite”.

Para os pescadores profissionais, o Governo do Estado pretende criar um programa de incentivo ao turismo de pesca, onde os pescadores profissionais estarão recebendo capacitação, para que eles possam trabalhar nessa área de turismo de pesca.

“Se aprovado o projeto, o governo entra com esse programa para que essas pessoas possam ser incorporadas em atividade nova, que vai dar mais condições para ele melhorar a condição de vida”, explica Alex.

O governo ainda pretende fazer, caso o projeto seja aprovado, um inventário real que identifique os pescadores profissionais para estarem sendo inseridos no programa. “O governo não vai deixar os pescadores desamparados, a idéia realmente é criar um programa para que eles possam ter uma nova forma de sobreviver”.

O secretário coloca ainda que a ideia é que a pesca esportiva seja fomentada, lembrando que a pesca não estará proibida. “O turista quando vem, ele não vem para transportar, ele gosta da atividade de pesca e a idéia é que aumentando a quantidade de peixes nos rios, se aumente o número de turistas”, frisou, negando, porém, que o governo esteja priorizando os turistas em detrimento dos pescadores e população mato-grossense. “A idéia é que esses pescadores vão trabalhar em outras atividades que o governo vai estar criando esses programas”.

Por fim, Alex deixa claro que apenas o peixe de tanque poderá ser transportado e produzido, e embora o projeto não tenha como objetivo fomentar a piscicultura, admite que o setor será beneficiado, caso o Cota Zero seja aprovado.

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