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CIDADES Quinta-feira, 08 de Agosto de 2019, 13:57 - A | A

Quinta-feira, 08 de Agosto de 2019, 13h:57 - A | A

SEM RECEBER HÁ MAIS DE ANO

Funcionários da Drogarias Américas protestam por descumprimento de acordo trabalhista

Valdemar Félix

Reprodução

 

Funcionários da rede de farmácias Drogaria América, que abriu falência no ano de 2018, fizeram uma manifestação na manhã de hoje (8), cobrando o recebimento dos direitos trabalhistas. Embora tenha sido firmado um acordo judicial, o empresário Carlos Pedro Medrado Luz não cumpriu com as obrigações firmadas na Justiça do Trabalho, e os trabalhadores se dizem desamparados.

 

O senhor Francisco Hélio Honorato, que era coordenador de equipe da rede de farmácias, conta que o grupo era composto por 17 lojas, com cerca de 300 funcionários, e que começou a enfrentar dificuldades no ano de 2014, quando foram vendidas 6 lojas. 

 

Francisco diz que a crise continuou e em 2016 foram vendidas mais três lojas, e foi quando começou os atrasos salariais, e pior, que começaram a ter a real noção da situação do grupo empresarial.

 

“Com os colegas que saíram primeiro, fomos descobrir que não faziam o recolhimento do FGTS, não recolhiam o INSS, não havia acerto rescisório com a equipe, e começamos a pressionar, para saber a real situação da empresa e o que ele tinha para nos propor”, frisa Francisco, que ressalta que a resposta era sempre a mesma, ou seja, que a situação iria melhorar.

 

A situação piorou, segundo Francisco, no ano de 2017, quando o grupo deixou de fazer os pagamentos de funcionários e fornecedores. “Os salários começaram a ser divididos, pagavam um pouco por semana, a cada 15 dias, e nisso uma mega de parceiros começou a procurar a Justiça”.

 

Francisco diz que foram feitos alguns acordos trabalhistas no final de 2017, porém, destes foram pagos duas ou três parcelas, sendo que a partir desse momento também não foram pagos mais salários para aqueles que continuavam a prestar serviços nas lojas restantes.

 

As lojas fecharam as portas definitivamente em 2018, e desde então, os funcionários não obtiveram mais nenhuma resposta por parte do empresário Carlos Medrado, que teria dado a garantia de que após o fechamento das farmácias localizadas na Avenida Filinto Muller, da Avenida do CPA e do Coxipó, as lojas seriam vendidas e o dinheiro repassado aos funcionários restantes e também para o pagamento dos acordos firmados na Justiça do Trabalho.

 

“Só que nisso, ele desapareceu. Nós temos as provas, já mandamos intimar duas pessoas que compraram as lojas, e a Justiça ouviu esses empresários e não deu em nada. Mas temos a ciência que ele recebeu o dinheiro, só que nesse ínterim ele sumiu por quatro a seis meses, e até achamos que ele tinha ido embora”.

 

Francisco denuncia que após voltar para Cuiabá, o empresário Carlos Medrado está abrindo novas lojas, mas em nome de pessoas diferentes, isso para não configurar que as lojas são dele.

 

“Mas temos a segurança dos próprios vendedores que afirma que quem compra é ele, que as lojas são dele. Temos a informação de que a Farma Popular, aqui na Avenida Palmiro Paes de Barros está no nome da irmã dele, que é dona Vera, e ele está trabalhando lá, mas fala que é apenas gerente”, denuncia Francisco, que ressalta que os funcionários têm conhecimento de que o empresário possui outros bens, mas todos em nome de terceiros.

 

A Justiça do Trabalho, conforme Francisco, já realizou algumas audiências de conciliação, mas o empresário não teria apresentado nenhuma proposta.

 

“Nós gostaríamos de resposta, está muito demorado, foram aí mais de 200 famílias desamparadas. Inclusive, tivemos que fazer cotas individuais para ajudar a pagar aluguel, dando cestas básicas, então isso é muito sacrificante para nós, trabalhadores”, finalizou Francisco.

 

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