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O ex-sócio da Santos Treinamento e um dos alvos da 2ª fase da Operação Bereré, Roque Anildo Reinheimer, ingressou com pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido está sob responsabilidade da ministra Maria Thereza de Assis Moura, da Sexta Turma. 

A defesa do empresário é de responsabilidade do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Manoel Ornellas de Almeida. A consulta pública ao processo informa que o pedido de liberdade já está concluso para decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura. 

O empresário foi preso na Operação Bônus, segunda fase da Bereré, deflagrada pela Polícia Fazendária, no último dia 9, acusado de articular a distribuição de propina no montante de R$ 30 milhões para políticos, empresários e servidores.

Os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas como a do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, vulgo “Doia”, indicação do deputado estadual Mauro Savi (DEM) – também preso devido o esquema, que pode ter causado um prejuízo milionário de R$ 30 milhões aos cofres públicos durante os anos de 2009 e 2015.

De acordo com a delação de José Ferreira Golçalves Neto, um dos sócios da EIG, Roque Anildo Reinheimer, teria exigido propina de R$ 600 mil por ano para não utilizar uma suposta influência política com deputados para articular a abertura de uma CPI para investigar o contrato entre a EIG Mercados e o Detran.

“Após a cessão do pagamento da propina através da Santos Treinamentos (de cujo quadro societário Roque Anildo Reinheimer fez parte), Roque Reinheimer passou a extorquir os sócios da EIG Mercados Ltda., exigindo o pagamento de R$ 50.000,00  mensais, sob a ameaça de se utilizar de sua influência política junto à Assembleia Legislativa de Mato Grosso para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito - CPI a respeito do contrato entre a EIG Mercados”.

Além de Roque Anildo Reinheimer, também foram presos na operação o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, seu irmão, Pedro Zamar Taques, o ex-deputado estadual Mauro Savi (DEM) e o empresário Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo” e José Kobori. As prisões foram determinadas pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), José Zuquim Nogueira.

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