A safra brasileira 2020/21 de grãos deve ser menor do que a projetada inicialmente. Segundo o 9º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vão ser 9,57 milhões de toneladas a menos. Com isso devem ser colhidas 262,13 milhões de toneladas. A projeção de maio calculava 271,6 milhões de toneladas.Mesmo assim o volume total a ser colhido ainda é superior à safra passada que fechou em pouco mais de 257 milhões de toneladas.
O principal fator para isso foi o clima. Grandes regiões produtoras de milho segunda safra sofrem os impactos da seca e o cereal deve apresentar uma redução na produtividade. A estimativa é que a produção total chegue a 96,4 milhões de toneladas, sendo 24,7 milhões de toneladas na primeira safra, 69,9 milhões na segunda e 1,7 milhão na terceira, uma redução de 6% sobre a produção de 2019/20.
A queda esperada se deve, sobretudo, ao retardamento da colheita da soja e, em consequência, o plantio de uma grande parte da área do milho segunda safra fora da janela indicada. O maior impacto é verificado nos estados de Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores da safrinha.
A soja já teve sua colheita encerrada e a produção é um novo recorde estimado em 135,86 milhões de toneladas, 8,8% superior à produção da safra 2019/20, o que representa um acréscimo de 11 milhões de toneladas. O resultado garante o Brasil na posição de maior produtor mundial da leguminosa.
Para o feijão, a Conab espera que a colheita se mantenha próxima a 3 milhões de toneladas. Com a produção de 3 safras ao longo do período analisado, apenas a primeira foi encerrada. A segunda ainda está sendo colhida e a terceira está em fase de semeadura. Outro importante produto para os brasileiros, o arroz tem produção estimada em 11,6 milhões de toneladas, aumento de 4% frente ao volume produzido na safra anterior.
No caso das culturas de inverno, o plantio foi iniciado em abril e intensificado em maio. Destaque para o trigo, produto no qual as estimativas preliminares indicam uma área plantada de 2,5 milhões de hectares e uma produção de 6,94 milhões de toneladas.
De acordo com o levantamento, a área plantada deve apresentar um crescimento de 4,2% em comparação com a safra anterior, chegando a 68,7 milhões de hectares. Destaque para a soja, com aumento de 1,6 milhão de hectares, e para o milho segunda safra com ganho de 8,4%, o que corresponde a 1,15 milhão de ha.
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