O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, na atualização semanal referente ao período entre 22 e 27 de julho, melhora nas condições das lavouras de soja e ligeira piora nas lavouras de milho no país.
De acordo com o USDA, até o dia 27, 70% das áreas de soja estavam em condições boas ou excelentes, o que representa um avanço de dois pontos percentuais em relação à semana anterior, quando o índice era de 68%. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 67%, segundo os dados da entidade.
Em relação ao milho, o USDA informou que 73% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, um recuo de um ponto percentual em comparação com os 74% registrados na semana anterior. Apesar da queda, os números continuam superiores aos de 2023, quando 68% das lavouras apresentavam esse nível de desenvolvimento.
“Apesar da piora no milho, os níveis de condições boas ou excelentes continuam os melhores desde a temporada 2016/17, indicando um ótimo desenvolvimento até este momento”, afirmou Luiz Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets.
Roque destaca ainda que o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) no Meio-Oeste dos Estados Unidos aponta para uma densidade elevada das plantas. “Os níveis atuais apontam para uma excelente densidade das plantas em relação à safra anterior e à média dos últimos 25 anos, indicando, também, um bom desenvolvimento das lavouras até o momento”, disse.
Mesmo diante de condições climáticas consideradas positivas e da expectativa de safras cheias, o mercado financeiro mantém apostas de baixa nos preços da soja e do milho. Segundo o analista, entre os dias 16 e 22 de julho, os fundos especuladores reduziram em cerca de 22 mil contratos as posições líquidas vendidas em soja, mantendo ainda aproximadamente 67 mil contratos vendidos.
“No caso do milho, os fundos continuam apostando no lado vendedor do mercado, mantendo suas posições líquidas vendidas desde meados de abril. Mesmo com uma redução de aproximadamente 1,5 mil contratos entre os dias 16 e 22 de julho, a posição líquida vendida permanece em torno de 264 mil contratos, próxima da mínima dos últimos cinco anos (o que também indica fraqueza para Chicago)”, concluiu Roque.
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