Análises laboratoriais realizadas pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) revelaram uma diversidade inédita de características químicas, físicas e mineralógicas nos solos mato-grossenses. Os resultados vão subsidiar a elaboração de uma cartilha técnica do Programa Solo Vivo, iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com o IFMT e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Mato Grosso (Fetagri-MT).
A etapa de diagnóstico permitiu identificar formações distintas, que variam desde solos quimicamente pobres e muito intemperizados até áreas mais ricas, com afloramentos rochosos. Essa heterogeneidade reforça a necessidade de abordagens técnicas específicas para cada localidade, evitando recomendações padronizadas e ampliando a precisão das orientações de manejo.
A coordenadora do Laboratório de Análise de Solos do IFMT Campus Campo Novo do Parecis, Franciele Valadão, destaca que a saúde do solo tem impacto direto sobre a qualidade dos alimentos produzidos, especialmente na agricultura familiar. “Se temos um solo nutrido, teremos um capim nutrido, um boi nutrido, e isso chega à mesa da população”, afirma.
A cartilha técnica em desenvolvimento reunirá os resultados das análises, apresentará as exigências de cada tipo de solo e indicará práticas capazes de recuperar áreas degradadas e transformá-las em ambientes produtivos. O material deve se consolidar como ferramenta estratégica para produtores, técnicos, pesquisadores e sociedade civil, fortalecendo a produção sustentável e a qualidade dos alimentos em Mato Grosso.
Ampliação do Solo Vivo em 2026
Na segunda-feira (8), o ministro Carlos Fávaro anunciou a expansão do programa para 32 novos assentamentos distribuídos em 32 municípios, ampliando o alcance das ações e levando mais qualidade de vida às famílias mato-grossenses. Para atender os 10 primeiros assentamentos, o programa já contou com R$ 42,8 milhões em investimentos, beneficiando cerca de mil famílias no estado.
O Solo Vivo integra ciência, tecnologia e conhecimento local para recuperar a fertilidade dos solos, aumentar a renda das famílias e promover a permanência sustentável no campo. As análises conduzidas pelo IFMT, apoiadas por laboratórios estruturados com recursos do Ministério e pelo software SolIF, são a base técnica que permite orientar o manejo adequado em cada área.
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