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AGRONEGÓCIO Quinta-feira, 09 de Junho de 2016, 11:48 - A | A

Quinta-feira, 09 de Junho de 2016, 11h:48 - A | A

PCI

Grupo se reúne para definir estratégias e projetos do eixo Produzir

 

 

Dando continuidade às estratégias inseridas no programa ‘Produzir, Conservar e Incluir’ (PCI), apresentado durante a Conferência do Clima (COP 21) em Paris pelo governador Pedro Taques, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), responsável pelo eixo Produzir, realizou na terça-feira (08), a primeira reunião do Grupo de Trabalho que vai definir a formatação dos projetos e iniciativas deste eixo.

 

As metas do eixo Produzir deverão ser concluídas até 2030 e estão divididas por setores: pecuária bovina, agricultura (que engloba soja, milho e algodão), floresta nativa e floresta plantada.

 

No setor de pecuária bovina, as metas são recuperar 2,5 milhões de hectares de áreas de pastagem de baixa produtividade e aumentar a produtividade, de 50 quilos por hectare ao ano para 95 kg/ha/ano.

 

Na agricultura, os objetivos são ampliar a área plantada com grãos em áreas de pastagem de baixo rendimento com aptidão para o cultivo de grãos, de 9,5 há para 12,5 milhões ha, além de aumentar a produção de grãos de 50 milhões de toneladas para 92 milhões de toneladas.

 

No setor de floresta nativa o foco é ampliar a área, sob manejo florestal sustentável, de 2,8 milhões de ha para 6 milhões/ha.

 

Por fim, no setor de florestas plantadas, a meta é ampliar a área de florestas plantadas em áreas já abertas, saltando de 317 mil/ha para 800 mil ha e aumentar a produção de madeira de 4,9 milhões m³ para 11,75 milhões m³.

 

De acordo com o secretário adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon, o objetivo do grupo é levantar demandas, estratégias e gargalos dos setores e elencar projetos que possam ser inseridos nas metas definidas pelo programa.

 

“Neste primeiro momento vamos responder a algumas questões como qual a linha a ser seguida para atingir cada meta, quais são as políticas públicas ou estratégias que estão sendo implementadas pelo governo no âmbito das metas do PCI; quais as ações específicas necessárias para o cumprimento da metas, quais as metas consideradas prioritários dentro do eixo e estabelecer prazos, entre outras”, explica Possebon.

 

Todas as metas visam o crescimento da produção com sustentabilidade. Atualmente, Mato Grosso tem uma área de 9,5 milhões de hectares sendo utilizada para agricultura, outros 24,89 milhões/ha para pastagens e 55,94 milhões/ha de preservação permanente. Já o potencial é de que possam ser utilizadas 26,01 milhões/ha para a agricultura e 8,39 milhões/ha para pastagem, mantendo os 55,94 milhões/ha preservados.

 

“Ou seja, podemos ampliar nossa produção de grãos e pecuária utilizando áreas já abertas anteriormente para pastagens e manter 62% do nosso território preservado. Mas para isso, precisamos definir quais as estratégias e projetos são essenciais neste processo e a partir daí buscar investidores interessados em colaborar neste desenvolvimento”, pontou o secretário adjunto.

 

O grupo volta a se reunir no dia 29 de junho, ocasião em que os participantes, divididos em subgrupos (agricultura, pecuária e base florestal), trarão as questões apresentadas para debate.

 

Participam do Grupo de Trabalho do eixo Produzir o Instituto Mato-grossense da carne (Imac), o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), a Agência de Fomento de Mato Grosso (MT Fomento), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Algodão (Ampa), A Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Instituto Ação Verde, Amaggi, Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Earth Innovation Institute, IDH e Agroícone.

 

PCI

 

A proposta mato-grossense é atrair investidores para colaborar com o financiamento da estratégia de zerar o desmatamento ilegal até 2020, ou seja, nos próximos cinco anos, e implantar um novo modelo de desenvolvimento que em 15 anos promova a transformação do Estado ao incentivar o aumento de produção aliado a conservação florestal, inclusão socioeconômica da agricultura familiar e de populações tradicionais. O valor estimado é de R$ 39 bilhões, em 15 anos.

 

O eixo produzir está sob responsabilidade da Sedec, o eixo Conservar está a cargo da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o “Incluir” é pautado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf).

 

(Com assessoria)

 

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