O mercado de trigo no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná mostra sinais de lentidão, com preços recuando diante do excesso de oferta e da exportação fraca, segundo levantamento da TF Agroeconômica. No RS, moinhos já estão abastecidos com estoques da safra passada e da atual, e os preços de exportação para dezembro caíram para R$ 1.180,00, com volumes embarcados chegando a 74 mil toneladas, muito abaixo da média histórica superior a 700 mil toneladas. O trigo argentino chegou recentemente ao porto de Rio Grande, com preços estáveis entre US$ 261 e US$ 269, mantendo pressão sobre o mercado local, enquanto os valores pagos aos produtores caíram para R$ 68,00 a saca em Panambi.
Em Santa Catarina, a comercialização ainda não começou devido à safra não colhida e aos preços considerados baixos. Alguns moinhos recorrem ao trigo do RS ou de outros estados, com ofertas CIF variando de R$ 1.250 a R$ 1.600 por saca, e os preços pagos aos produtores recuaram entre R$ 1,00 e R$ 9,00/saca em diferentes regiões. O mercado catarinense permanece praticamente parado, com negócios esporádicos e volumes reduzidos.
No Paraná, 53% da safra já foi colhida, com 90% em boas condições, mas o mercado continua lento, pois os produtores consideram os preços insatisfatórios. Trigo local para entrega em outubro é cotado a R$ 1.200,00 CIF moinho, enquanto os vendedores pedem entre R$ 1.320 e R$ 1.350. O trigo importado, especialmente argentino e paraguaio, manteve os preços estáveis, travando novos negócios.
A atualização dos preços pagos aos triticultores mostrou queda média de 3,56% na semana, aumentando o prejuízo frente ao custo de produção, que está em R$ 74,63/saca. Apesar disso, o mercado futuro ainda oferece oportunidades de lucro de até 32,1%, reforçando que o momento da venda influencia diretamente na rentabilidade do produtor.
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