A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a quarta-feira (1) em alta, revertendo as perdas do início do pregão. De acordo com informações da TF Agroeconômica, o movimento foi impulsionado após declarações do ex-presidente Donald Trump, que afirmou em suas redes sociais que “a soja será um importante tópico de discussão” em encontro com o presidente chinês Xi Jinping previsto para este mês. O anúncio trouxe ânimo ao mercado, que vinha pressionado pela colheita acelerada nos Estados Unidos e pela ausência de compras da China.

Nos fechamentos do dia, o contrato de soja para novembro registrou valorização de 1,12% ou 11,50 cents/bushel, cotado a US$ 1.013,00, enquanto o contrato de janeiro subiu 1,05% ou 10,75 cents/bushel, alcançando US$ 1.031,00. Entre os derivados, o farelo de soja para outubro caiu 0,38%, encerrando a US$ 264,70 por tonelada curta, ao passo que o óleo de soja avançou 1,80%, sendo negociado a US$ 49,75 por libra-peso.

Mesmo com a recuperação, fatores baixistas permanecem no radar. A paralisação do governo dos EUA, diante do impasse legislativo sobre o orçamento, pode atrasar a publicação de relatórios oficiais que orientam o mercado. Além disso, o ritmo acelerado da colheita no Meio-Oeste, favorecido pelo clima seco, aumenta a oferta e pressiona as cotações. A situação é agravada pela ausência de negociações entre EUA e China, o que mantém os chineses afastados das compras de oleaginosas americanas nesta temporada.

Ainda assim, a sinalização política de Trump foi suficiente para dar suporte às cotações e garantir ganhos de cerca de 1% para a soja. O mercado segue atento ao desdobramento das negociações comerciais e à evolução da safra americana, fatores que devem ditar a volatilidade nos próximos dias.

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