O mercado de trigo permaneceu travado no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, com compradores e vendedores sem chegarem a um consenso sobre preços. Segundo a TF Agroeconômica, moinhos estão ausentes e a exportação, mesmo oferecendo R$ 1.180 por tonelada no porto com pagamento em janeiro de 2026, não encontrou interessados.
Apesar de um leve aumento nas exportações, que somaram 190 mil toneladas, o volume ainda é considerado muito baixo para reduzir o excesso de oferta. Com isso, o mercado segue sob forte pressão. Internamente, os moinhos aguardam o cumprimento de contratos antigos, oferecendo valores entre R$ 1.050 e R$ 1.070 por tonelada nas regiões das Missões e Tenente Portela. Estima-se que ainda restem cerca de 2,4 milhões de toneladas de trigo gaúcho para comercializar, o que dificulta qualquer recuperação de preços.
Em Santa Catarina, a colheita começou de forma tímida e sem registro de novos negócios. Produtores pedem R$ 1.250 por tonelada FOB, mas os moinhos oferecem o mesmo valor CIF, travando as negociações. Os preços pagos aos triticultores recuaram em algumas praças, variando de R$ 62 a R$ 70,50 por saca.
No Paraná, os negócios seguem desbalanceados entre regiões, com cotações entre R$ 1.230 e R$ 1.300 por tonelada. As chuvas recentes prejudicaram a colheita e a qualidade do grão, enquanto os preços ao produtor recuaram 2,52% na semana, ampliando o prejuízo médio para quase 13%. A TF Agroeconômica alerta que o uso do mercado futuro pode ser uma alternativa para garantir melhores margens aos produtores. As informações foram divulgadas nesta manhã.
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