Cuiabá, 30 de Setembro de 2025
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30 de Setembro de 2025

AGRONEGÓCIO Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, 10:34 - A | A

Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, 10h:34 - A | A

RECUO

Trigo tem menor preço real desde abril no PR e desde janeiro no RS

No Paraná, o preço médio do cereal está em R$ 1.354,35 por tonelada

Agrolink

As cotações do trigo mantêm trajetória de queda no Brasil, conforme apontam dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em setembro, os preços no Paraná e no Rio Grande do Sul atingem os patamares mais baixos do ano, em termos reais, impactando diretamente a rentabilidade dos produtores.

No Paraná, o preço médio do cereal está em R$ 1.354,35 por tonelada — retração de 5,5% frente a agosto e 10,3% em relação a setembro de 2024. Trata-se do menor valor real desde abril deste ano. No Rio Grande do Sul, a média parcial de setembro está em R$ 1.262,67/t, queda de 2,2% no mês e de 9,2% no ano, sendo a mais baixa desde janeiro.

De acordo com os pesquisadores do Cepea, a desvalorização reflete a intensificação da colheita no Brasil, que aumenta a oferta interna, além da queda nos preços internacionais e da valorização do real frente ao dólar. Outro fator relevante foi a suspensão temporária das retenciones — taxas de exportação — na Argentina. Essa medida levou compradores a postergar negociações, reduzindo ainda mais as ofertas e pressionando os vendedores brasileiros.

Impactos 

A desvalorização do trigo em plena safra representa um desafio para os produtores do Sul, região responsável por mais de 85% da produção nacional. Com custos de produção elevados, a queda nos preços pode comprometer a margem de lucro e a capacidade de investimento dos agricultores, especialmente aqueles que financiaram a safra.

Além disso, o movimento de baixa ocorre em um contexto de maior competição internacional, especialmente com a retomada da competitividade argentina. A tendência pode influenciar as decisões de plantio para a próxima temporada, caso os preços sigam sem reação.

Perspectivas

Para os próximos meses, analistas monitoram possíveis reações do mercado externo e o ritmo das exportações brasileiras. O cenário atual exige cautela na comercialização por parte dos produtores, que enfrentam mais um ciclo marcado por volatilidade.

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