Cuiabá, 11 de Julho de 2025
Notícia Max
11 de Julho de 2025

BRASIL Quinta-feira, 01 de Agosto de 2024, 08:16 - A | A

Quinta-feira, 01 de Agosto de 2024, 08h:16 - A | A

Orçamento secreto

STF tenta moralizar pagamento de emendas e garantir que decisão anterior seja cumprida na íntegra

O tribunal avalia que sua decisão anterior, de colocar fim ao chamado "orçamento secreto", não foi totalmente cumprida

BLOG DO VALDO CRUZ

No primeiro dia da volta aos trabalhos do Judiciário, nesta quinta-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal já tem uma missão complicada: uma audiência para tentar moralizar o pagamento das emendas parlamentares.

O tribunal avalia que sua decisão anterior, de colocar fim ao chamado "orçamento secreto", não foi totalmente cumprida.

A reunião foi convocada pelo ministro Flávio Dino e vai reunir Executivo, Legislativo, Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Advocacia-Geral da União (AGU).

Juntos, os órgãos vão analisar o cumprimento da decisão do STF que, em 2022, declarou o "orçamento secreto" inconstitucional e determinou que fosse dada transparência à aplicação dos recursos.

Os ministros do STF têm a seguinte avaliação sobre o tema:

Não há dúvida de que a decisão do STF não foi integralmente cumprida.
⁠Linha é buscar pactuar procedimentos para o integral cumprimento.
⁠Conteúdo da decisão vai depender exclusivamente do que as partes dirão na audiência.
⁠A lei prevê vários caminhos para obrigar o governo e o Congresso a cumprirem as regras.

Ministros avaliam que, ao acabar com a farra nas emendas de relator – que não tinham nenhuma transparência e eram aplicadas sem destino detalhado –, o Congresso simplesmente transferiu os recursos para outros mecanismos.

Com isso, foram turbinadas as emendas de comissão e as "emendas PIX", destinadas à base eleitoral dos parlamentares sem destino carimbado e, em alguns casos, sem sequer identificar o deputado ou senador que assina o envio.

Governo pode se beneficiar
O governo Luiz Inácio Lula da Silva conta com uma nova decisão do Supremo Tribunal Federal, no sentido de restringir essas emendas, para tentar recuperar parte de seu poder sobre o Orçamento.

Na última década, o Legislativo foi assumindo aos poucos o controle dos recursos públicos – um processo que começou na gestão Dilma Rousseff e se aprofundou nos mandatos seguintes.

Neste ano, são quase R$ 50 bilhões em verbas destinadas às emendas parlamentares.

As emendas individuais e de bancada são impositivas – ou seja, o governo pode adiar, mas é obrigado a pagar. As emendas de comissão não têm pagamento obrigatório.

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários