O juiz João Zibordi Lara, plantonista da Comarca de Peixoto de Azevedo, determinou que o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, preso por envolvimento nas mortes de Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, que aconteceu no último domingo (21), fique em uma cela separada dos demais presos da Cadeia Pública do Município.
A determinação foi dada durante audiência de custódia, realizada na tarde desta quarta-feira (24), em que manteve a prisão preventiva do acusado.
“Quanto ao pedido do custodiado ficar separados dos demais presos, de acordo com o artigo 84 da LEP [Lei de Execuções Penais] defiro. Oficie-se a Unidade Prisional competente para resguardar os direitos do custodiado”, diz trecho da decisão.
Bruno Gemilaki foi preso na terça-feira, na companhia da mãe, Inês Gemilaki, encaminhada para a cadeia em Colíder. Os dois protagonizaram um duplo homicídio registrado no domingo em Peixoto de Azevedo. Na decisão, além determinar que o médico fique em cela separada, o juiz pediu que fosse providenciado atendimento psicológico ao médico devido ao estado de saúde dele após o crime.
“No mais, em que pese a ausência de documentos comprobatórios da saúde psíquica do custodiado, determino que a Unidade Prisional providencie o atendimento adequado, em especial ao estado psicológico do preso”, diz outro trecho.
A defesa de Bruno chegou a apresentar uma procuração, solicitando acesso a todo o processo, mas Zibordi negou. O magistrado determinou a habilitação do advogado nos autos.
Também tiveram as prisões mantidas a pecuarista Inês Gemilaki, mãe de Bruno, e os irmãos Eder Gonçalves Rodrigues e Márcio Ferreira Gonçalves, este marido de Inês.
O crime ocorreu no último domingo (21), ocasião em que a família invadiu uma residência no Bairro Alvorada, onde ocorria uma confraternização, e fez diversos disparos contra as vítimas. A ação vitimou Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57. Um padre que também estava na residência ficou ferido. As investigações apontam que o crime na verdade tinha como alvo o dono da residência, que teria feito ameaças públicas contra os investigados, em razão de um processo referente a um contrato de aluguel. Ele não foi atingido.
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