A Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados de Cuiabá (Arsec) apresentou planilha de cálculo para reajuste da tarifa do transporte coletivo em Cuiabá. A edição do Diário Oficial de Contas que circulou ontem aponta que o valor da passagem para o ano que vem deve ser de R$ 3,85. O aumento é de 5,80% em relação ao valor atual praticado, R$ 3,60. A vigência deve ser janeiro de 2018.
Segundo a publicação, o aumento leva em conta valores como o preço do combustível, variação do custo dos veículos, salário de motoristas entre outras despesas. No quesito remuneração de motoristas as despesas que eram de R$ 2.525 em 2016 aumentaram para 2.757,20 em 2017.
Atualmente a frota é composta por 354 ônibus. Grande parte dos passageiros não concorda com o aumento da tarifa. É o caso da estudante Flaviane Christini que frisa que a qualidade do serviço oferecido na Capital não dá suporte para o aumento. “O que vemos aí são ônibus sucateados. Eu penso que para aumentar a tarifa deveria ter uma contrapartida para nós, afinal, o serviço não condiz como o valor”, afirma.
O frentista Aparecido da Silva Amorim também reclama do valor da passagem. “São ônibus velhos, a maioria ser ar-condicionado e sempre apresentam problemas. Aumenta passagem sempre e a gente não vê melhoria nenhuma no transporte público”, disse.
Apesar de toda a movimentação para o reajuste da tarifa que vigoraria este ano, que chegou inclusive a ser cogitada em até R$ 4,20, a Capital não sofreu reajuste. No início do ano o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), confirmou que não autorizaria o aumento da passagem. Pinheiro frisou que o valor seria muito caro pelo atual cenário do transporte coletivo e que antes de pensar em manter o ciclo vicioso do reajuste, deveria ser pensada a situação da qualidade.
O último aumento da passagem passou a valer na Capital de mato-grossense no dia 1º de março de 2016 quando passou de R$ 3,10 para R$ 3,60. De acordo com Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Arsec), o reajuste visava cobrir as perdas inflacionárias, aumentos nos preços dos combustíveis, de peças e de gastos com pessoal.
Inicialmente, o valor do aumento seria de R$ 3,80, mas o governador Pedro Taques (PSDB) isentou as empresas de transporte coletivo do recolhimento de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel.
Atualmente os serviços são prestados pelas empresas Expresso Norte Sul, Integração Transportes e Pantanal Transportes. Os contratos vencem em 05 de junho de 2019. Na última segunda-feira o prefeito Emanuel Pinheiro criou uma comissão que deve elaborar estudo que subsidiará a licitação do transporte coletivo. Os trabalhos elaborados devem ser apresentados em 90 dias. A comissão deve realizar estudo de viabilidade jurídica, técnica e econômico-financeira para subsidiar o projeto básico do edital de licitação do transporte coletivo. A comissão também deve observar a necessidade e viabilidade de criação de novos corredores exclusivos (faixas) ou compartilhado em horários de pico, definição de áreas críticas. A integração com os diferentes meios de transportes, principalmente no que se refere ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
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