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CIDADES Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2018, 10:50 - A | A

Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2018, 10h:50 - A | A

PROJETO REFLORESCER

Reeducandas farão cultivo de flores para comercialização em penitenciária de Cuiabá

Assessoria

 

Reeducandas da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, terão uma nova frente de trabalho. Elas farão o cultivo de flores em uma área de 800 metros na unidade prisional. A oportunidade do plantio é resultado de um Termo de Cooperação técnica para o projeto RefloreSer assinado pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e diversas instituições.

 

O projeto permitirá a capacitação in loco de até 60 reeducandas na produção de flores de corte, em vasos e também mudas. O curso inicia em fevereiro de 2019 e será oferecido pela Universidade Federal do Estado de Mato Grosso (UFMT), com duração de oito meses. Após esse período, as internas serão certificadas e iniciarão a produção de flores para comercialização.

 

Conforme a diretora da penitenciária, Maria Giselma Ferreira da Silva, a renda obtida da comercialização será dividida em duas partes: metade para pagar o trabalho das reeducandas e a outra destinada à manutenção da atividade, como compra de sementes e adubos.

 

Para o secretário da Sejudh, Fausto de Freitas, os investimentos em educação são imprescindíveis para a ressocialização, pois eles trazem impactos psicológicos positivos, principalmente para a mulher privada de liberdade que se sentirá mais valorizada com a oportunidade de mudança. “Antes, o preso cumpria sua pena trancafiado. Agora, é diferente. Ele tem a chance de traçar novos caminhos por meio do trabalho e estudo e assim enxergar a vida por um novo ângulo”. 

 

Além da UFMT e Sejudh, são parceiros do projeto: a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB); Tribunal de Justiça (TJ); Conselho de Comunidade da Vara de Execução Penal de Cuiabá (Concep) e a Fundação Nova Chance (Funac). 

 

A OAB investiu R$ 120 mil, por meio do Concep, no projeto. O vice-presidente da OAB-MT, Flávio Ferreira, explica que com esse recurso será construída uma estufa na unidade prisional, adquiridas sementes, adubos e outros materiais necessários para o plantio das flores.

 

Desejosa por uma nova história, F.R.S, 21 anos, reclusa há três, entende que as flores não vão só embelezar a penitenciária, mas também vão fazer reflorescer a esperança nela e nas colegas que farão o curso. “Estamos muito felizes com o projeto. Em nós já brota uma esperança de que somos capazes de mudar e de sermos bem vista pela sociedade”.

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