A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta quinta-feira (09/11), pela Fecomércio-MT, mostra uma diminuição das famílias cuiabanas com contas em atraso em 2,1 pontos percentuais, chegando a 28,3% em outubro (54.321 famílias), contra 30,4% registrado em setembro (58.282 famílias). Na comparação com outubro de 2016, houve retração de 1,2 ponto percentual, quando, na época, o índice estava em 29,5% (56.023 famílias).
O resultado para as famílias que disseram não ter condições de pagar as contas, a retração foi de 3,4 pontos percentuais, registrando 13,6% em outubro (26.145 famílias), contra 17% verificado em setembro (32.706 famílias). O patamar atual se aproxima do registrado em outubro de 2016, quando apenas 11,5% das famílias alegaram não ter condições de pagar as contas (21.853 famílias).
Entretanto, o percentual das famílias endividadas, ou seja, que possuem compras parceladas, teve um pequeno aumento de 0,3 pontos percentuais em outubro (59,7%) e atinge114.592 famílias, contra 59,4% registrado em setembro. Isso se deve ao poder de compra da população, que nos últimos meses tem observado a retomada da economia e a facilitação do acesso ao crédito.
O presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins da Cunha, vê o atual momento de recuperação da economia como fator de retração de alguns pontos da pesquisa. “A retomada da geração de emprego tem contribuído para a diminuição da inadimplência do consumidor. Entretanto, a queda da taxa de juros e a recuperação da renda das famílias têm favorecido a retomada de algumas modalidades de crédito, o que impacta no endividamento”.
O cartão de crédito lidera como o principal tipo de dívida dos cuiabanos (62,1%), porcentagem mais do que o registrado em setembro (59,3%) e, consequentemente, sobre o mês de agosto (57,2%). Os carnês aparecem em segundo, com 36,2% e Financiamento de carro, em terceiro (10,1%). O tempo gasto com esses e outros tipos de dívidas diminuiu no mês de outubro, com duração de 6,7 meses. O mês de setembro registrava uma duração de sete meses. Entretanto, esse tempo salta para 8,4 meses para as famílias que recebem acima de 10 salários mínimos (s.m.).
A parcela da renda comprometida tem diminuído durante o ano e chegou a 24,3% em outubro, contra 24,8% em setembro. Se comparado com o mesmo período do ano passado, a parcela da renda comprometida no mês de outubro de 2016 era de 30,4%, percentual ainda aceitável para que as famílias não se endividem e percam o controle das contas.
O índice da Peic na capital é menor que a média nacional registrado no mês de outubro, com 61,8%. Houve ainda um aumento de 0,1 ponto percentual na comparação com setembro. Também houve alta em relação ao mesmo período de 2016, quando o indicador alcançava 59,8% do total de famílias.
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