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ECONOMIA Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 09:29 - A | A

Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 09h:29 - A | A

inflação

IPCA-15: preços sobem 0,33% em julho, puxados pela energia elétrica

Alimentação e bebidas tem segunda queda seguida. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada da prévia da inflação é de 5,30%, acima dos 5,27% registrados até junho

G1

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, aponta que os preços subiram 0,33% em julho. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos últimos 12 meses, a variação foi de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho, o índice havia avançado 0,26%.

Segundo o IBGE, os principais impactos na prévia da inflação de junho vieram dos grupos habitação, com alta de 0,98% e contribuição de 0,15 ponto percentual, transportes (0,67%) e despesas pessoais (0,25%).

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou queda (-0,06%), assim como artigos de residência (-0,02%) e vestuário (-0,10%). O grupo de Educação (0,00%) teve variação nula.

* O resultado do grupo Habitação se deve a bandeira vermelha patamar 1, que foi mantida em julho e impôs uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, elevando os preços da energia elétrica.
* No grupo Saúde e cuidados pessoais, o principal fator foi o reajuste nos planos de saúde, que subiram 0,35%.
* No grupo Alimentação e bebidas registrou a segunda seguida. A alimentação no domicílio caiu 0,40% em junho, com destaque para as quedas nos preços da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%).

Veja abaixo a variação dos grupos em junho
Neste mês, cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta:

Habitação: 0,98%;
Transportes: 0,67%;
Despesas pessoais: 0,25%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,21%;
Comunicação: 0,11%.

Os três grupos que tiveram queda foram:

Alimentação e bebidas: -0,06%;
Artigos de residência: -0,02%;
Vestuário: -0,10%.

Já o grupo de Educação (0,00%) teve variação nula.

 O que tem pesado na inflação?
A energia elétrica residencial subiu 3,01% em julho e foi o item que mais influenciou o IPCA-15 no mês, com impacto de 0,12 ponto percentual (p.p.).

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira vermelha, no patamar 1, para o mês de julho, uma cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh (quilowatt-hora) consumidos.

A redução no volume de chuvas e a menor geração por hidrelétricas tornaram necessário o acionamento de usinas termoelétricas, que possuem custo de produção mais alto. Quando a geração se torna mais cara, a cobrança adicional é aplicada automaticamente nas contas de luz.

No mês anterior, a energia elétrica residencial havia variado 3,29%. Ainda no grupo Habitação, a taxa de água e esgoto (0,25%) foi reajustada em 9,88% em Brasília (5,22%), a partir de 1º de junho, e em 3,83% em Curitiba (0,12%), desde 17 de maio.

Já o grupo Transportes apresentou aceleração de junho (0,06%) para julho (0,67%). A alta foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86% e 0,11 p.p.) e pelo transporte por aplicativo (14,55% e 0,03 p.p.).

Por outro lado, os combustíveis recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).

Os números também é reflexo da gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (-0,14%) em Brasília (-2,11%), e no ônibus urbano (-0,44%) em Brasília (-2,11%) e Belém (-5,79%), além da redução de tarifa aos domingos e feriados em Curitiba (-2,68%).

O grupo Despesas pessoais (0,25%) teve como principal destaque o reajuste de preços nos jogos de azar (3,34%), em vigor desde 09 de julho.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,21%), o subitem plano de saúde subiu 0,35%, consequência da incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No caso dos planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, valendo a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026, enquanto para aqueles contratados antes da Lei, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, dependendo do plano.

A queda de preços de Alimentação e bebidas (-0,06%) em julho foi a segunda seguida. Em junho, esse grupo recuou 0,02%. A alimentação no domicílio teve redução de 0,40% nos preços em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho.

As quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%) impactaram o resultado. No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.

Em relação à alimentação fora do domicílio, ocorreu aceleração de junho (0,55%) para julho (0,84%), em virtude dos aumentos do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição (de 0,60% em junho para 0,65% em julho).

Em relação aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%), que apresentou queda nos preços do etanol (-4,23%) e da gasolina (-1,63%).

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