Na contramão da realidade nacional, Mato Grosso apresentou este ano uma queda menor no faturamento do setor da construção civil em relação ao ano passado.
No acumulado do ano, o Brasil teve retração de 12,4%, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira, 13, pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Já a Associação dos Comerciantes da Construção Civil (Acomac-MT) aponta cenário favorável para Mato Grosso.
De acordo com os dados levantados pela associação a maior queda em 2016 foi nos primeiros seis meses do ano, onde foram registrados 7,5% de redução nas vendas comparado a 2015.
Já no segundo semestre, a retração diminuiu e chegou a 5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O presidente da Acomac-MT, Gustavo Nascimento informou que como todos os anos, as vendas no mês de novembro crescem e em 2016 ficaram 5,5% maior do que outubro. Nos primeiros dez dias de dezembro o comércio comemorou o crescimento no consumo, que já superou o mês anterior.
O presidente da Acomac-MT, disse que o estado apresenta esta particularidade devido, principalmente, ao agronegócio que manteve o setor econômico de Mato Grosso.
Outro fator que influenciou a movimentação na construção civil foi o pagamento em dia dos salários dos servidores públicos, situação que não ocorreu em outros estados brasileiros e prejudicou o comércio de uma forma geral.
Gustavo destacou também que o Governo Estadual não parou de investir, mesmo fazendo obras pequenas, isto contribui para fomentar o setor.
Para 2017, o presidente da Acomac-MT acredita que medidas adotadas pelo governo federal devem ajudar a alavancar o setor. No final deste ano, o governo liberou R$ 3 milhões e 600 mil para abertura de crédito para financiamento.
Além disso, apresentou um novo projeto chamado “cartão reforma”, que disponibiliza subsídio de até R$5 mil para famílias de baixa renda para fazer pequenas obras nas residências.
Já para o Sindicato das indústrias da construção do estado de Mato Grosso (Sinduscon) este ano foi mais difícil do que 2015.
O presidente do Sinduscon-MT, Julio Flávio Campos Miranda, a parte de infraestrutura, que são obras de asfalto e saneamento básico, se manteve estável. Mas o que apresentou grande queda foi o setor imobiliário, principalmente em Cuiabá e Várzea Grande.
Ainda há muito incerteza na construção civil em todo o país. É preciso ter investimento nos setores privado e público por parte do governo federal para que a economia volte a crescer e trazer novos trabalhos para a construção.
Dados nacionais
O faturamento deflacionado da indústria de materiais de construção no País em novembro caiu 8,6% na comparação com outubro e diminuiu 14,5% em relação ao mesmo mês de 2015.
No acumulado do ano, o setor teve retração de 12,4%, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira, 13, pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Segundo o presidente da Abramat, Walter Cover, a recessão econômica e seus efeitos sobre emprego, renda e crédito continuam a impactar negativamente a indústria.
"Enquanto não houver uma política contundente de crédito viável, juros acessíveis, um programa de recomposição, um grande acordo de compromissos mútuos entre governo e empresas, a situação do mercado de materiais tende a permanecer negativa em 2017", avalia, em nota distribuída à imprensa.
A Abramat ressalta que, nos últimos três anos, a queda das vendas da indústria de materiais alcançou 33%, e as projeções apontam para mais quedas nos próximos meses.
Já o nível de emprego na indústria em novembro apresentou queda de 6,3% frente ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano a redução foi de 8,9%.
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