Cuiabá, 02 de Outubro de 2025
Notícia Max
02 de Outubro de 2025

ECONOMIA Quinta-feira, 02 de Outubro de 2025, 09:23 - A | A

Quinta-feira, 02 de Outubro de 2025, 09h:23 - A | A

falta de dinheiro

Turismo movimenta R$ 22,8 bilhões, mas viagens seguem concentradas em lares mais ricos

R7

O turismo no Brasil registrou em 2024 um total de 20,6 milhões de viagens, número estável em relação a 2023, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua – Turismo, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (2).

Os gastos com viagens nacionais com pernoite somaram R$ 22,8 bilhões, alta de 11,7% em relação ao ano anterior.

Mesmo apresentando recuperação após a pandemia, as viagens continuam concentradas em famílias com maior poder aquisitivo. Em domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos, 45,7% tiveram ocorrência de viagem em 2024.

Já entre os de rendimento abaixo de meio salário mínimo, apenas 10,4% viajaram no período de referência, o que significa que em cerca de 90% dessas residências não houve deslocamento turístico.

A pesquisa apontou ainda que a falta de dinheiro foi o principal impeditivo para viajar, citada em 24,6 milhões de domicílios (39,2% dos que não viajaram).

Entre os de menor renda, mais da metade (55,3%) não viajou por esse motivo. Já entre os domicílios mais ricos, a razão mais comum para não viajar foi a falta de tempo.

Perfil das viagens

Das viagens realizadas em 2024, 85,5% foram pessoais e 14,5% profissionais. Entre os motivos pessoais, o lazer ultrapassou visitas a parentes e amigos pela segunda vez consecutiva: 39,8% contra 32,2%, respectivamente.

Viagens por tratamento de saúde ou consulta médica representaram 20,1% do total.

O lazer mais buscado pelos brasileiros foi sol e praia (44,6%), seguido por cultura e gastronomia (24,4%) e natureza/ecoturismo/aventura (21,7%).

A preferência por sol e praia vem caindo desde 2020, enquanto viagens culturais cresceram quase 10 pontos percentuais no período.

A maioria das viagens teve pernoite (76,9%), com destaque para as de 2 a 3 noites, que somaram 5,9 milhões de deslocamentos. As hospedagens mais frequentes foram em casa de parentes ou amigos (40,7%) e em hotéis, resorts ou flats (18,8%).

Destinos e transporte

O Sudeste concentrou tanto a origem (43,9%) quanto o destino (41,2%) das viagens. O Nordeste foi o segundo principal destino (27,4%), seguido pelo Sul (17,6%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (6,3%).

As viagens internacionais cresceram 11,1% em 2024, alcançando 688 mil deslocamentos.

Quanto ao transporte, os carros particulares seguiram como principal meio (50,7%). As viagens de avião ganharam espaço e representaram 14,7% do total, enquanto as de ônibus de linha caíram para 11,9%.

Gastos médios

O gasto médio por viagem nacional com pernoite foi de R$ 1.843, alta de 8% em relação a 2023. O maior gasto médio foi registrado no Centro-Oeste (R$ 2.182), puxado pelo Distrito Federal (R$ 3.090). Já o menor foi no Nordeste (R$ 1.206), apesar de a região ter sido o segundo maior destino.

Segundo a pesquisa, famílias com menos de meio salário mínimo gastaram, em média, R$ 864 por viagem, enquanto as de renda superior a quatro salários mínimos desembolsaram R$ 2.860 – 3,8 vezes mais.

 

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários