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ENTRETENIMENTO Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025, 14:02 - A | A

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riqueza de detalhes

Exposição exibe guilhotina que cortou a cabeça da rainha da França

R7

A lâmina da guilhotina usada para decapitar Maria Antonieta durante a Revolução Francesa agora faz parte de uma exposição em Londres dedicada ao estilo luxuoso da última rainha da França.

Após se casar com o futuro Luís XVI em 1770, Maria Antonieta tornou-se famosa por seus gostos extravagantes, incluindo o generoso patrocínio das artes e do luxo. Mas essa vida de esplendor chegou ao fim em 1789, quando revolucionários forçaram a família real a deixar Versalhes e retornar a Paris. Com o aumento da hostilidade contra a antiga ordem, o rei acabou sendo acusado de traição e a rainha viveu seus últimos dias na prisão. Ela foi executada em 16 de outubro de 1793.

No Museu Victoria e Albert, na capital britânica, essa trajetória se reflete em uma extensa lista de objetos originais, como porcelanas, joias e vestidos. Segundo o jornal britânico The Guardian, as roupas “parecem saídas de um conto de fadas”.

A quantidade de objetos na exposição e o nível de detalhamento do material surpreenderam a crítica e os visitantes. Um crítico inglês chegou a dizer que “aparentemente, Versalhes fedia”, por causa dos incontáveis frascos de perfume e tigelas de pot-pourri que foram encontrados no palácio.

O visitante da exposição vai acompanhando a transformação que culminou no fim trágico da monarca. O luxo, aos poucos, vai dando espaço a material da época com críticas à Maria Antonieta e artigos difamatórios. Quando a Revolução Francesa começou, em 1789, a rainha era atacada não apenas como uma gastadora extravagante, mas também como uma viciada em sexo que traía o rei. Ilustrações de livretos pornográficos da década de 1790, exibidas na mostra, a retratam fazendo amor com um guarda e uma de suas damas de companhia.

Na noite de 1º de agosto de 1793, a rainha foi transferida para a Conciergerie, onde se tornou a prisioneira número 280 por 76 dias. É neste momento que a mostra traz a guilhotina que teria sido usada na morte de Maria Antonieta. Ela aparece como uma madeira preta apodrecida com a lâmina ainda afiada e, aparentemente, utilizável. Ela foi emprestada pelo arquivo do Madame Tussauds, famoso museu de cera do Reino Unido, criada por Marie Tussaud no século XIX.

A lâmina, de todos os objetos expostos, é a que tem procedência menos clara. Os filhos de Tussaud instalaram no museu de cera uma lâmina de guilhotina da Revolução Francesa, que haviam comprado do neto do carrasco Charles-Henri Sanson. Ela foi exibida por mais de um século, sob a alegação de ter sido usada para decapitar Maria Antonieta, embora isso não possa ser comprovado.

O objeto ficou exposto na seção “Câmara dos Horrores” do Tussauds, que já exibiu cabeças de cera feitas a partir de máscaras mortuárias de várias vítimas da Revolução Francesa, incluindo Luís XVI e Maria Antonieta.

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