Em meio à reformulação do elenco do Cruzeiro pensando na disputa da Série B, um dos nomes mais cobiçados pela diretoria desde o início do ano foi de Régis. Foram vários os moldes negociados com o Bahia, até a chegada do jogador em abril. Foi apresentado e vestiu a 10 com responsabilidade de ser o "cérebro" do time. Mas, até o momento, o meia não conseguiu uma sequência que se espera daquele que é o principal responsável pela criação de jogadas.
Tanto é que a escalação dele como titular diante do América-MG, nesta quarta-feira, não está garantida. Na visão de Henrique Fernandes, comentarista da Globo, os desacertos do Cruzeiro em campo prejudicam o atleta, que, por sua vez, não consegue passar segurança para se firmar no time.
- O Régis é um jogador com características muito claras, muito definidas, um armador clássico que funciona bem como um meia-atacante mais centralizado, principalmente. Ele não tem características para jogar mais ao lado, nem como falso nove e tem pouca capacidade de desarme e recomposição para ser um segundo homem de meio, por exemplo.
No Cruzeiro, Régis, assim como nas passagens por Corinthians e Palmeiras, tem sido marcado pela irregularidade.
"Para que renda, o esquema tem que ter aquele espaço reservado para o meia armador, e o Cruzeiro, com tantas mudanças de técnico e desacertos dentro do campo, nem sempre teve. E, quando teve, Régis não conseguiu passar a segurança necessária para consolidar sua posição e a formação do time, como um todo"
Contra o América-MG, na última quarta, Régis ficou no banco de reservas. Foi a primeira vez que esteve à disposição como suplente e não foi utilizado na Raposa.
A criação é um dos maiores problemas enfrentados pelo Cruzeiro na temporada. Claro que não é uma culpa que recai somente sobre o camisa 10. Henrique Fernandes, inclusive, considera que os adversários têm adotado uma postura que dificulta o jogo de Régis, que normalmente acontece por dentro.
- Os times que geralmente enfrentam o Cruzeiro nessa série B se fecham. E quando você se fecha, tira espaço principalmente da região que o Régis normalmente joga, a entrada da área. Os times colocam muitos jogadores por ali, tiram o espaço entre as linhas, que pode ser bem explorado pelo meia-armador, e forçam esse meia armador a receber a bola de costas pra marcação, o que complica o trabalho dele. Régis sofreu muito com isso no campeonato todo.
No início da competição, com Enderson Moreira, foi titular nas seis primeiras rodadas, perdendo a posição nos dois últimos jogos do treinador à frente da equipe. Ney Franco, que chegou na sequência, o manteve na reserva, mas o jogador entrou bem contra o Vitória, fez o único gol da partida e retomou a titularidade, que foi e voltou ao longo da curta passagem do treinador pela Toca.
Régis é um jogador que pouco fica fora das partidas. Não teve nenhuma lesão no Cruzeiro e só ficou fora da 20ª rodada, contra o Botafogo-SP, por conta de suspensão. No entanto, participou diretamente de apenas seis dos 26 gols da equipe na Série B. Lidera o ranking de assistências do time na competição (com quatro passes para gols), mas mostrando mais força na bola parada do que com ela rolando.
O jogador tem contrato até o fim do ano, mas já com a cláusula de ampliação do vínculo por mais um ano, no contrato. O staff do atleta garante a permanência dele para 2021, cumprindo o acordo estabelecido com o Cruzeiro.
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