O Congresso dos Estados Unidos, controlado pelos republicanos, aproxima-se de um teste nesta quinta-feira (16) sobre sua capacidade de reformar o código tributário federal, já que os legisladores se preparam para sua primeira votação em grande escala sobre a mudança na legislação sobre o tema.
Os republicanos da Câmara dos Deputados devem aceitar sua própria proposta de lei para reduzir os impostos sobre para as corporações, pequenas empresas e indivíduos após uma reunião com o presidente Donald Trump, que quer assinar o pacote de reforma tributária antes do final do ano. Os líderes da Câmara se dizem otimistas sobre conseguir os votos para aprovar o projeto de lei.
"Grande votação amanhã na Casa. Os cortes de impostos estão se aproximando!", escreveu Trump no Twitter na quarta-feira.
Mas as expectativas de reforma tributária do presidente começaram a encontrar resistência no Senado, onde uma proposta republicana separada foi atacada por legisladores do partido.
Os cortes de impostos são vistos pelos republicanos como críticos para suas perspectivas de manter o poder em Washington nas eleições do Congresso de novembro de 2018. Até agora, os republicanos e Trump não têm vitórias legislativas importantes em 2017 para mostrar aos eleitores, apesar de controlarem a Casa Branca e o Congresso.
Proposta
A proposta prevê redução de 35% para 20% nos impostos corporativos e um corte de taxas de imposto de renda de pessoa física. Segundo analistas críticos do projeto, no médio prazo a reforma provocaria um déficit fiscal de U$ 1,5 tri para as contas federais.
Mas os republicanos afirmam que com esta redução, milhões de famílias e empresas que teriam mais dinheiro para produzir empregos. Mas o projeto apelidado de Corte importos e "ato pelo trabalho" chama a atenção pela quantidade de deduções de impostos que serão cortadas, com impacto direto nos contribuintes da classe média.
Cerca de 15 créditos fiscais deixaram de existir, entre eles o de adoção, que permitia dedução anual de 13 mil dólares e a pensão alimentícia em caso de divórcio, que pela proposta não poderá ser deduzida.
O projeto quer reduzir as deduções do imposto de renda para perdas de desastre, como furações e incêndios para 10%, valor considerado pequeno para pessoas vítimas de grandes eventos, como os recentes furações, Irma e Maria.
Outra medida polêmica é a retirada de deduções de despesas médicas superiores a 7,5% da renda bruta do trabalhador. Os democratas apontam que o custo de saúde deverá aumentar drasticamente.
O projeto está tramitando no Congresso e já passou por algumas comissões. A votação prevista para hoje será na House of Representatives (Caasa de Representantes), equivalente a Câmara dos Deputados no Brasil. Se o governo conseguir passar o projeto hoje, ele ainda será avaliado pelo Senado.
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