Ao menos 16 pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas nesta quarta-feira (30) por uma explosão em uma madraça (escola muçulmana) na cidade de Aybak, no norte do Afeganistão, informou um médico de um hospital local.
O médico da cidade, localizada cerca de 200 quilômetros ao norte da capital Cabul, informou que as vítimas são, em sua maioria, jovens.
"São todos crianças e pessoas comuns", disse à AFP o médico de Aybak, capital da província de Samangan, e que pediu para não ser identificado.
Uma autoridade provincial confirmou a explosão, mas não forneceu números de vítimas ou informações sobre as circunstâncias.
"Nossos investigadores e forças de segurança estão trabalhando rapidamente para identificar os perpetradores desse crime imperdoável e puni-los por suas ações", twittou o porta-voz do Ministério do Interior, Abdul Nafay Takor.
Fotos e vídeos postados nas redes sociais, que não puderam ser imediatamente autenticados, mostram combatentes do Talibã perto de corpos espalhados pelo chão de um prédio, marcados com sangue. Também é visível uma sala com tapetes de oração, cacos de vidro e outros detritos.
O retorno do Talibã ao poder em agosto de 2021 encerrou duas décadas de guerra no Afeganistão e marcou uma redução significativa da violência.
No entanto, houve dezenas de ataques contra civis, a maioria reivindicada pelo ramo local do grupo Estado Islâmico (EI-K).
O Talibã afirma estar no controle da segurança no país e muitas vezes nega ou minimiza os incidentes relatados nas redes sociais.
No entanto, analistas acreditam que os jihadistas do EI - um grupo sunita, como o Talibã, mas com o qual mantém uma profunda inimizade e diferenças ideológicas - continua sendo a principal ameaça ao seu regime.
Em 5 de outubro, pelo menos quatro pessoas morreram em uma explosão em uma mesquita do Ministério do Interior em Cabul.
Alguns dias antes, em 30 de setembro, um atentado suicida em um centro de treinamento em Cabul para se preparar para exames universitários matou 54 pessoas, incluindo pelo menos 51 jovens, segundo a ONU. O ataque ocorreu em um bairro povoado pela minoria xiita hazara.
Ninguém assumiu a responsabilidade pelo atentado, mas o governo afegão culpou o IS-K.
Em meados de outubro, as forças de segurança afegãs anunciaram a morte de seis membros do IS-K, acusados de participar desse ataque e do ataque a uma mesquita em Cabul.
Em 23 de setembro, pelo menos sete pessoas morreram em um ataque com carro-bomba perto desta mesquita da capital, frequentada por altos funcionários e combatentes do Talibã.
Desde que o Talibã voltou ao poder, em agosto do ano passado, houve dezenas de explosões e ataques a civis, a maioria reivindicada pelo ramo local do grupo Estado Islâmico.
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