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INTERNACIONAL Terça-feira, 28 de Outubro de 2025, 07:51 - A | A

Terça-feira, 28 de Outubro de 2025, 07h:51 - A | A

Melissa

Furacão se aproxima da Jamaica com ventos 'catastróficos' que chegam até 280 km/h

Fenômeno alcançou a categoria 5, a maior na escala Saffir-Simson, conforme o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos

Terra

O furação Melissa continua se aproximando da Jamaica e é esperado que toque o solo nesta terça-feira, 28. Com ventos de até 280 km/h, o fenômeno alcançou a categoria 5, a maior na escala Saffir-Simson, conforme o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. São esperados ventos catastróficos, inundações repentinas e marés de tempestade na ilha hoje.

Na noite de segunda-feira, 27, ventos brutais e chuvas intensas já atingiram a Jamaica. O Ministério da Saúde e Bem-Estar do país confirmou três mortes relacionadas à tempestade em preparação para o furacão.

O órgão também pediu à população que tenha extrema cautela: "Atividades como subir em telhados, prender sacos de areia ou cortar árvores podem parecer administráveis, mas mesmo pequenos erros durante um furacão podem resultar em ferimentos graves ou morte. Dirigir em estradas alagadas ou áreas com detritos também é extremamente perigoso".

"Os centros de saúde permanecem fechados, mas os hospitais estão abertos e atendendo feridos relacionados à tempestade. Por favor, sejam sensatos, mantenham-se seguros e protejam a si mesmos e à sua família durante esta tempestade", acrescentou.

Além das mortes na Jamaica, o Melissa causou outras quatro durante a semana: três no Haiti e uma na República Dominicana, onde um adolescente continua desaparecido.

Destruição 'massiva'

Segundo o primeiro-ministro Andrew Holness, o Melissa pode causar uma destruição "massiva" na região, a pior já registrada na ilha. A tempestade, que atualmente se encontra ao sul do país insular, "provavelmente vai girar para o norte, o que significa que pode ter impacto em nossas costas, mais ao extremo oeste da Jamaica", afirmou o primeiro-ministro Andrew Holness em entrevista à CNN.

"E se isso acontecer, e já disse isso antes, não creio que haja infraestrutura nessa região capaz de resistir a uma tempestade de categoria 5, portanto, pode haver uma perturbação significativa", acrescentou.

As fortes chuvas, combinadas com ventos intensos, podem causar devastação em escala comparável à dos furacões históricos Maria, em 2017, ou Katrina, em 2005.

Parte do impacto da tormenta vem de seu ritmo lento: o furacão avança mais devagar que uma pessoa caminhando, a apenas 5 km/h ou menos, o que o faz permanecer mais tempo em cada local por onde passa.

Melissa também ameaça o leste de Cuba, assim como o sul das Bahamas e o arquipélago das Ilhas Turcas e Caicos, um território britânico. Em Cuba, onde há dificuldades para difundir informações preventivas por causa da falta de eletricidade, as autoridades aceleram os preparativos para enfrentar, nesta terça-feira, 28, os efeitos do furacão.

Espera-se que o furacão permaneça bem longe da costa dos Estados Unidos, trazendo apenas ondas fortes e pequenas inundações costeiras para a Costa Leste dos EUA.

Ajuda humanitária
Enquanto a Jamaica aguarda o impacto, várias entidades trabalham contra o tempo no sul da Flórida para preparar ajuda destinada aos habitantes da ilha caribenha.

A ONG Global Empowerment Mission (GEM), especializada em assistência humanitária em desastres, é uma das principais responsáveis por esse esforço.

De sua sede em Doral, perto de Miami, a organização recebe, embala e prepara o envio aéreo de alimentos, água e itens de primeira necessidade, no total, cerca de 22 toneladas de suprimentos com destino a Kingston.

"Temos uma equipe operacional na Jamaica. Eles permanecerão lá durante a passagem do furacão e, assim que ele passar, sairão para avaliar os danos e coordenar as ações de controle e reparo necessárias", disse Santiago Neira, responsável por projetos comunitários da GEM, criada após o terremoto do Haiti em 2010.

Melissa é a 13ª tempestade nomeada da temporada de furacões do Atlântico, que vai do início de junho até o final de novembro.

 

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