A missão do Exército israelense para derrotar o Hamas na Faixa de Gaza "ainda não terminou", afirmou nesta quarta-feira (5) o tenente-general Eyal Zamir, novo chefe de gabinete das Forças Armadas israelenses, durante a cerimônia de posse no cargo.
"Hoje, aceito o comando do exército com modéstia e humildade. Este é um momento histórico. O Hamas sofreu um golpe duro, mas ainda não foi vencido, então a missão ainda não terminou", afirmou Zamir.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ao novo comandante do Estado-Maior que o país está "determinado" a alcançar a vitória na guerra de várias frentes iniciada com o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
"Você tem uma tremenda responsabilidade sobre seus ombros. Os resultados da guerra terão impacto em várias gerações, e estamos determinados a alcançar a vitória", disse Netanyahu na cerimônia de em Tel Aviv.
Zamir, 59 anos, substitui no cargo o tenente-general Herzi Halevi, que anunciou sua renúncia há algumas semanas, depois de reconhecer o fiasco das Forças Armadas nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.
O exército reconheceu, em uma investigação publicada na semana passada, seu "fracasso completo" naquele dia e admitiu ter sofrido de "excesso de confiança" a respeito dos planos e capacidades militares do grupo terrorista palestino Hamas.
A investigação do exército revelou que o ataque ocorreu em três ondas sucessivas e que mais de 5.000 pessoas, incluindo milhares de civis, entraram em Israel a partir da Faixa de Gaza naquela data.
O ataque terrorista no território israelense deixou mais de 1.200 mortos, a maioria civis, e 251 pessoas foram sequestradas pelo Hamas.
A resposta israelense no território palestino matou mais de 48 mil pessoas, em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. A ONU considera os dados confiáveis.
Zamir assume o cargo em um momento delicado, quando Israel e o Hamas, apesar dos esforços de mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, continuam sem um acordo sobre a forma de concretizar a segunda fase da trégua, em vigor desde 19 de janeiro. Israel anunciou, em meio às divergências, um bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
O acordo de trégua prevê três fases. Durante a primeira, o Hamas entregou a Israel 33 reféns, oito deles mortos, em troca da libertação de quase 1.800 prisioneiros palestinos.
Entre os 251 reféns levados para Gaza, 58 continuam em cativeiro, mas 34 são considerados mortos, segundo o exército israelense.
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