O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (29) na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e proferiu ameaças contra o Hamas, o Irã e o programa nuclear do país persa.
Logo no início da fala, o político exibiu o mesmo mapa mostrado no ano passado, no qual estaria representado ‘o terror’ do Irã, com destaque também para o Iêmen e a Síria.
Segundo Netanyahu, o país estava desenvolvendo programas nucleares e de mísseis balísticos. “Eles foram criados não só para destruir Israel, mas também para ameaçar os Estados Unidos e chantagear nações de todo o mundo”, pontuou.
Além disso, o primeiro-ministro israelense agradeceu ao presidente americano, Donald Trump, pelas ‘ações corajosas e decisivas’.
“Eu e ele prometemos que não iríamos deixar o Irã desenvolver bombas nucleares e nós cumprimos essa promessa. [...] Prometemos que o Irã não teria uma bomba nuclear e conseguimos. Mas devemos permanecer vigilantes”, disse.
Faixa de Gaza
Sobre a guerra em Gaza, Netanyahu defendeu que o mundo não se lembra de 7 de outubro, em referência ao ataque feito pelo grupo terrorista Hamas a Israel.
“Os apoiadores restantes do Hamas estão ainda na Faixa de Gaza e eles juraram repetir as atrocidades dos ataques de 7 de outubro várias vezes, não importando o quanto as forças deles estão enfraquecidas. É por isso que Israel deve terminar o trabalho, e queremos fazer isso o mais rápido possível”, disse.
O discurso desta sexta, segundo o político, também foi transmitido a celulares em Gaza, além de por meio de um sistema de alto-falantes instalados ao redor do território pelo governo de Israel.
“Nós arrancamos as raízes, inclusive ontem, nós destruímos o bunker da ‘máquina do terror’ do Hamas, nós atingimos eles ao matar a maioria dos líderes e grande parte do arsenal de armas.
Nós não esquecemos de vocês, nem por um segundo. A população de Israel está com vocês, e não vamos descansar até trazer todos vocês para casa.”
“Para os líderes do Hamas restantes, parem de atacar e se entreguem abaixando as suas armas. Deixem o meu povo ir, libertem todos os 48 reféns. Se fizerem isso, vocês viverão. Se não, Israel vai perseguir todos”, indagou.
Ameaça comum
Netanyahu também disse que os Estados Unidos e Israel enfrentam uma ‘ameaça em comum’.
“Ele [Donald Trump] mostrou ao mundo que quando o Irã assassina americanos, faz americanos reféns ou grita ‘morte à América’, queima bandeiras americanas ou tenta matar o presidente dos EUA, ele mostrou que existe um preço a se pagar por essas ações.”
Por fim, Netanyahu disse que “os palestinos não acreditam na solução de dois Estados” e “não querem um Estado ao lado de Israel, mas no lugar de Israel”.
Plenário vazio e QR Code
Enquanto se dirigia ao púlpito para começar a fala, diversas delegações, incluindo a brasileira, deixaram o local. Também foi possível ouvir vaias e aplausos antes do discurso.
Porém, isso não prejudicou a fala do premiê de Israel, que fez críticas a países que ‘não se lembram mais do dia 7 de outubro’.
Além dos cartazes e de um pop quiz feito na tribuna, o político também colou no terno um QR Code que direcionava a um site com diversas informações sobre os ataques.
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