O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciou na quinta-feira (17) a prisão de um cidadão russo que se disfarçou de mulher idosa para planejar um ataque terrorista contra um executivo da indústria de Defesa do país.
Segundo informações do jornal russo The Moscow Times, o suspeito, que atuou com outras duas mulheres, teria agido sob ordens de uma “organização terrorista ucraniana”, supervisionada pela inteligência militar de Kiev.
De acordo com o FSB, o grupo planejava matar o executivo com um carro-bomba. As mulheres realizaram vigilância na residência do alvo e providenciaram um dispositivo explosivo caseiro, que havia sido escondido em um cemitério de São Petersburgo.
O terceiro suspeito foi encarregado de plantar a bomba sob o carro do executivo. Para evitar ser identificado, ele se disfarçou de mulher idosa, usando saia longa, lenço na cabeça e bengala, como mostrado em um vídeo divulgado pelo FSB.
Apesar de ter instalado a bomba no veículo, o homem foi detido logo depois e o artefato, removido do veículo.
As imagens também mostram cenas em que os três suspeitos – nascidos em 1993, 1994 e 2006 – confessam ter se juntado voluntariamente a uma “organização terrorista” em julho do ano passado.
O FSB informou que os suspeitos enfrentam acusações de terrorismo, traição e posse ilegal de explosivos. A identidade do executivo e da empresa para a qual ele trabalha não foram divulgadas.
Atentados recentes
Em abril deste ano, um oficial do alto escalão do Exército russo morreu em um atentado com carro-bomba, em uma cidade próxima a Moscou. As imagens foram registradas logo depois da explosão. O general passava ao lado do veículo quando o artefato foi detonado.
O oficial morto era o tenente-general Yaroslav Moskalik, vice-chefe de operações das forças armadas da Rússia, e que já representou o país em negociações com a Ucrânia, durante a anexação da Crimeia, em 2014.
Neste mês, a Ucrânia acusou a Rússia de estar envolvida no assassinato do ex-presidente do Parlamento Andriy Parubiy, morto a tiros em 30 de agosto, na cidade de Lviv, no oeste do país.
O chefe da Polícia Nacional da Ucrânia, Ivan Vyhivskyi, afirmou que o crime não foi acidental e apontou um “rastro russo” na ação. A declaração foi feita nas redes sociais da autoridade.
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