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27 de Outubro de 2025

OPINIÃO Segunda-feira, 27 de Outubro de 2025, 16:29 - A | A

Segunda-feira, 27 de Outubro de 2025, 16h:29 - A | A

Sandra Alves

Dedo Podre

O que define as nossas escolhas?

Sandra Alves

Quem nunca ouviu alguém dizer: “Ah, eu tenho dedo podre pra escolher um parceiro!’ É o tipo de frase que a gente solta entre risadas, mas que carrega um fundo de dor. Por trás do humor, há uma verdade silenciosa: a frustração de quem vive repetindo a mesma história de amor com personagens diferentes. Mas afinal, o que é esse tal “dedo podre”? Seria Azar no amor? Falta de sorte? Ou será que existe algo mais profundo por trás dessa sequência de escolhas que parecem nos colocar sempre no mesmo tipo de enredo?    

O mito do azar no amor

  A verdade é que “azar” é um nome simpático para padrões emocionais não resolvidos. A gente repete o que conhece. E o que o inconsciente conhece, ele tenta reproduzir – mesmo que doa. Por isso, muitas vezes, quem cresceu precisando ser aceito, acaba se relacionando com pessoas que não dão atenção. Quem aprendeu que amor é luta, atrai histórias que exigem esforço, e é claro, muita luta.. E quem acredita, lá no fundo, que não é bom o bastante, atrai parceiros que confirmam exatamente isso. O “dedo podre” nada mais é do que um radar emocional descalibrado – ele aponta para o que é familiar, não para o que é saudável.    

Homens também têm “dedo podre”?

  Apesar da expressão ser mais usada por mulheres, muitos homens vivem o mesmo ciclo, só que chamam de outro nome: “azar no amor”, “toda mulher é complicada”, “eu atraio só problema”. Mas será mesmo? Ou será que eles também estão repetindo padrões de infância, crenças sobre si e sobre quem amar? Alguns exemplos:   ●     Homens que escolhem sempre mulheres emocionais demais – e depois se queixam do caos que criaram.   ●     Aqueles que só se interessam por quem não os quer, porque inconscientemente o desafio é o que dá sentido às suas vidas.   ●     Ou ainda os que fogem de relações verdadeiras, por medo de se mostrarem vulneráveis.   Em resumo: o “dedo podre” não tem gênero, tem história emocional.    

As crenças que moldam nosso radar

  A forma como nos vemos determina o tipo de amor que nos parece possível. Se, no fundo, acreditamos que precisamos merecer amor, atrairemos pessoas que nos fazem provar o tempo todo nosso valor. Se pensamos que relacionamentos sempre acabam, viveremos com medo –e o medo é prenúncio da perda. Tudo começa dentro. Nossas crenças são o filtro que define quem parece interessante, quem desperta desejo e até quem ignoramos. É como se o inconsciente dissesse: “isso parece familiar, logo é seguro”. Mesmo que na prática, seja um desastre anunciado.    

A boa notícia

  Você não nasceu com “dedo podre”. Ele foi formado ao longo da vida, com base nas experiências, nas referências que você teve e nas crenças que você carregou sobre si mesmo e sobre o amor. E se foi aprendido, pode ser reprogramado. A mudança começa quando você pára de se culpar e passa a se observar. Quando entende que não é o outro que precisa mudar – é o seu radar interno que precisa ser ajustado.    

Um novo Olhar sobre o amor

  Talvez o “dedo podre” tenha sido apenas o sinal de que algo dentro de vocẽ pedia cura. De que era hora de olhar para o espelho e se perguntar: “Por que isso me pareceu atraente?” “Que parte de mim ainda acha que precisa viver isso?” Quando a gente muda as respostas internas, muda também o tipo de pessoa que o nosso coração reconhece como possível. Lembre-se, “O dedo pode até ter sido ‘podre’, mas o radar pode ser recalibrado.”    

Por Sandra Alves Mentora de Relacionamentos e criadora do Método Aliança Interna, voltado para mulheres que desejam viver o amor com consciência, maturidade e auto valor.

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