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POLÍCIA Quinta-feira, 01 de Novembro de 2018, 12:14 - A | A

Quinta-feira, 01 de Novembro de 2018, 12h:14 - A | A

CRIME ESCLARECIDO

Dono de lava jato confessa que matou estudante de Direito por dívida

Redação

Divulgação

dono de lava jato

 

Um homem e sua namorada foram presos na manhã desta quinta-feira (01.11), nas  investigações da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), do assassinato do estudante de direito, Pedro Victor de Almeida, de 18 anos, ocorrido na madrugada do dia 19 de outubro, no bairro Jardim Maringá I, em Várzea Grande.

 

Segundo a investigação, o crime não tem nada relacionado com a atividade de motorista de aplicativo (uber) da vítima. As investigações apontaram que a vítima emprestava dinheiro e trabalhava na função de Uber. Na madrugada dos fatos ele estava na casa dos pais, quando recebeu uma ligação por volta das 0130 horas, e saiu sob protestos dos genitores.

 

"Inicialmente afastamos a possibilidade de a vítima ter ido atender chamada de Uber  tendo em vista que a família forneceu o extrato de chamada do aplicativo, cadastrado em nome de um primo dele, que indica que a última corrida ocorreu às 22h06 horas", explicou a delegada Jannira Laranjeira, que está à frente das investigações.

 

Os suspeitos: Vanderson Daniel Martins dos Santos (Vandeco), 21 anos, que era amigo da vítima, e sua namorada Nathaly Alanes Barbosa dos Santos Silva, 19, foram presos em cumprimento de  mandados de prisão temporária (30 dias)  e buscas no bairro Da Manga, em Várzea Grande.

 

Uma denúncia na DHPP, relatou que a moça estava com a namorado  no local do crime e em seu celular havia fotografia do suspeito (seu namorado) com a faca ensanguentada. A moça disse que na noite do dia 18 de outubro foi para casa do namorado, com o filho de 11 meses, e dormiu na casa dele, local onde também funciona lava jato do suspeito.

 

Ela contou que o telefone do namorado começou a tocar por volta da meia noite, mas ele não atendeu. No entanto, disse que Vanderson saiu de casa por volta das 0130, em uma motocicleta, trajando uma camiseta branca com desenhos na frente e uma bermuda jeans e calçava chinelos, mas não falou onde iria.

 

Pouco antes das 4 horas da madrugada,  Vanderson chegou à casa dele, pilotando a mesma motocicleta que tinha saído, mas estava com as roupas toda ensanguentada e com a faca suja de sangue e disse que teria matada Pedro Victor. Então, a moça sugeriu a  Vanderson que escondesse na casa da irmã dele. Com motocicleta do cunhado  do suspeito, jogaram as roupas e faca em um terreno baldio. Em diligências as roupas foram recuperadas e serão encaminhadas à perícia.

 

Na Delegacia, o suspeito confessou, mas se negou a informar o nome da terceira pessoa que participou o crime. "Ele confessa que matou, mas não inclui a terceira pessoa", disse a delegada.

 

As investigações apontaram também que a vítima utilizou seu cartão bancário em dois estabelecimentos comerciais, em Várzea Grande, respectivamente por voltas das 03h03 horas e 03h34 horas, em diligências foi possível apreender as imagens de um dos estabelecimentos, sendo constatado Vanderson estava acompanhado da vítima.

 

A delegada esclareceu que o crime está motivado por dívidas, mas que ainda busca outros elementos para confirmar a suspeita.  

 

A moça deverá ter a prisão relaxada a pedido da delegada, por contribuir com informações.

 

Reprodução

Pedro Victor de Almeida 

A MORTE

 

O corpo da vítima foi encontrado com várias perfurações de arma branca (faca) no pescoço, cabeça, tórax e abdome, além de lesões no ombro esquerdo e mão esquerda, possivelmente, provenientes de defesa da vítima.

 

Moradores disseram que ouviram pedido de socorro da vítima, mas por medo não abriram a porta e acionaram a Polícia Militar. O carro da vítima (Ford K, branco)  também foi localizado nas proximidades, alguns metros distantes do local onde a vítima foi encontrada em óbito, em frente à porta de entrada de uma casa na Rua Dom Camilo Faresini.

 

Dentro do veículo haviam manchas de sangue na porta do motorista, volante e uma poça no chão, do lado do motorista, além de manchas de sangue do lado externo do veículo.

 

Segundo a perícia, as manchas de sangue indicam que tinham duas pessoas dentro do carro, em razão das marcas de sangue encontradas nas maçanetas de ambas as portas do automóvel. A perícia também informou que o estudante foi golpeado dentro do carro e em seguida saiu agonizado pela rua até a porta da casa onde foi encontrado morto. Pelo trajeto também foi encontrados gotas de sangue.

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