REPRODUÇÃO

 

Uma auxiliar administrativo, de 29 anos, foi perseguida do trabalho - uma empresa no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, - até em casa por um homem, segundo ela, de aparência comum.

No caminho, dentro do ônibus, o acusado tentou agarrá-la e já no portão do condomínio onde ela mora, o Terra Nova, ainda insistiu em entrar atrás dela, sendo impedido pelo porteiro, que acionou a Polícia Militar.

O caso foi registrado pela PM na Central de Flagrantes de Cuiabá na noite de segunda-feira (11) às 19h30. Nesta manhã (13), a vítima D.B.C. conversou com o Gazeta Digital sobre a situação arriscada.

Leonardo Brito Silva, 28, foi preso por crime de ameaça, mas a vítima acredita que correu risco de ser estuprada.

Ela conta que, no dia da ocorrência, saiu do trabalho, em uma firma de alumínios, e ficou no ponto de ônibus, em frente, como faz todo dia. Percebeu que um rapaz de blusa azul e calça jeans estava lá e também um outro passageiro aguardando. "Era umas 18h10. Assentei no banco de espera e o cara assentou ao meu lado, muito perto. Levantei, dei uma afastada dele e fiquei conversando com a outra pessoa. Quando o ônibus chegou, eu entrei e o rapaz também. Mas estava cheio e fui de boa. Desci no ponto do Comper da avenida da Praínha e entrei no mercado, coisa que sempre faço para comprar alguma coisa e vi que o rapaz me seguiu", detalha a vítima.

Dentro do mercado, ela ficou fazendo zigue-zague, procurando um segurança da loja e não encontrou, até que, sem ver mais o acusado, resolveu sair e ir de volta ao ponto. Nisso, ele foi atrás e apareceu de novo ao lado dela.

"Entrei no ônibus e, quando foi passar na catraca, ele tentou me agarrar e passar junto, em um linguajar bem chulo me encoxando, eu reagi que não, o motorista mandou ele desceu, mas não obedeceu e eu fui para o banco dos fundos, onde tinha apenas um vizinho meu", detalha a moça.

"Meu Deus, foi horrível, fiquei pensando em como enganá-lo para eu descer e entrar em casa", lembra D.

Quando o ônibus entrou no Terra Nova, ela resolveu fingir que desceria em um ponto antes e o suspeito "caiu" na "pegadinha".

"O motorista seguiu e falou assim: que cara doido, heim", relata a vítima, que desceu uma quadra antes de casa. Ao olhar para traz, viu que o rapaz vinha correndo em direção a ela.

"Eu estava de salto e coisas do mercado na mochila. Corri o quanto pude e quando entrei no portão de casa, ele também queria entrar. O porteiro e alguns moradores prenderam ele naquele quadrado de segurança entre a porta de fora e de dentro que costuma ter em condomínios", descreve.

O acusado é baiano, estava de tornozeleira desligada e na ficha policial dele tem diversos crimes, que a PM não especificou.

A vítima desta ocorrência só ressalta que é importante para as mulheres ficarem atentas porque, se ela não estivesse, poderia ter sido abordada longe de casa.

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