A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3.7), a Operação “Efeito Cascata”, com o objetivo de desarticular o esquema de abastecimento e distribuição de drogas em Nova Mutum.
Na ação, coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Nova Mutum (Derf-NM), estão sendo cumpridas 26 ordens judiciais, sendo 21 mandados de busca e apreensão relacionados aos crimes de tráfico de drogas, três de busca e apreensão relacionados ao crime de homicídio e outros dois mandados de prisão preventiva, também relacionados a homicídio. Além disso, houve ainda a representação pela quebra de sigilo telefônico e de dados de todos os aparelhos eletrônicos apreendidos.
Conforme o delegado responsável pela condução das investigações, Jean Paulo Ferreira Nascimento, todos os mandados em cumprimento (tráfico de drogas e homicídios) estão interligados. “No decorrer das investigações, foi possível apurar que esses crimes de homicídios estavam conectados com a ‘guerra do tráfico’. Estando tudo relacionado à questão de disputa e domínio de território para o comércio de drogas”, explicou o delegado.
No decorrer das investigações, reiterou o delegado, foi possível observar a existência de uma rede de distribuição sistematizada, responsável pelo abastecimento de diversos pontos de venda de drogas espalhados por toda cidade e demais áreas da região. Essa rede, segundo o que foi apurado, é composta por dezenas de interlocutores, que utilizam mensagens codificadas, transferências de valores, envio de localização para entrega e recebimento de drogas.
Associação criminosa
As investigações levantaram que os membros dessa associação criminosa são os responsáveis pela distribuição e comercialização das drogas no varejo, diretamente aos usuários locais, sendo chamados de “lojistas”. E, além disso, foi possível observar, por meio de técnicas investigativas, que esses indivíduos utilizavam, inclusive “medidas disciplinares” contra membros que descumpriam ordens, reforçando a estabilidade e periculosidade do grupo.
Ainda nas investigações, também foi evidenciado que pagamentos e repasses de valores eram feitos por meio de contas bancárias e chaves PIX, vinculadas aos investigados, revelando a clara tentativa de ocultação da identidade e lavagem de capitais. Esse padrão confirma a sofisticação das práticas adotadas pelo grupo e a necessidade de aprofundamento investigativo com respaldo judicial.
A partir desses elementos, ficou claro que a associação opera com grau de autonomia e estrutura suficiente para manter a atividade delituosa mesmo após a prisão de membros estratégicos.
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