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POLÍTICA & PODER Quinta-feira, 04 de Agosto de 2016, 09:12 - A | A

Quinta-feira, 04 de Agosto de 2016, 09h:12 - A | A

TORIXORÉU

Câmara cassa prefeito de MT acusado de pagar por obra não realizada

G1-MT

REPRODUÇÃO

 

 

O prefeito afastado de Torixoréu, a 577 km de Cuiabá, Odoni Mesquita Coelho (PSB), teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores daquele município na noite da última segunda-feira (1º). Ele é acusado de pagar R$ 600 mil por uma obra não realizada. Segundo a defesa de Coelho, ele irá recorrer da decisão dos vereadores na Justiça.

 

A Comissão Processante foi montada após a Câmara de Vereadores receber uma denúncia contra o prefeito. Conforme a Casa, o prefeito afastado não compareceu à sessão para fazer a sua defesa oral, optando apenas por apresentar sua defesa escrita.

 

A cassação do prefeito se deu por sete votos contra um. O vereador Robson Ney (PP), único a votar contra, afirmou durante seu voto que acredita que a cassação seja uma manobra política dos adversários que receiam a reeleição de Odoni Coelho nas eleições de outubro deste ano.

 

“Ele lidera as intenções de voto e foi confirmado como candidato à reeleição durante o final de semana. A denúncia que resultou na cassação foi feita há um ano e meio e o problema já foi solucionado, a empresa voltou e fez o trabalho dela. Se era motivo de cassação, porque não foi feita a votação antes? Para mim, isso parece politicagem”, disse.

 

Acusação

 

Odoni Coelho foi afastado do cargo em março deste ano por causa de uma decisão da Justiça Federal. O prefeito afastado é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter desviado R$ 600 mil que deveriam ter sido aplicados em asfaltamento e drenagem de água da chuva em seis ruas do conjunto residencial José Vilela de Figueiredo.

 

O dinheiro que teria sido desviado é resultado de um convênio entre a prefeitura e o Ministério da Integração Nacional, por meio da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

 

Pelo convênio, foram destinados R$ 600 mil para a obra. Já o município ficaria responsável pela contrapartida de R$ 12,2 mil. Porém, três meses depois da licitação, forem feitos pagamentos à construtora sem que as obras tivessem sido realizadas, acusa o MPF.

 

Outro lado

 

Segundo a advogada Débora Rocha Faria, que defende o prefeito afastado, o processo que resultou na cassação do seu cliente está “eivado de vícios”. Ela alega que não foi permitida à defesa a produção de provas e qualquer outro pedido feito durante o processo, razão pela qual o prefeito afastado optou por não comparecer à sessão de segunda-feira para fazer a sua defesa oral.

 

“Os vereadores que votaram são os denunciantes e os investigadores. A Justiça não permite isso e, por isso, vou ingressar com um mandado de segurança pedindo a anulação de todo o processo, para que ele seja reconduzido ao cargo. Confiamos na Justiça e, por isso, estamos tranquilos”, disse.

 

Caso a situação não seja revertida, Odoni Coelho poderá encontrar problemas para disputar as eleições, uma vez que, cassado, ele se enquadra na Lei da Ficha Limpa

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